ACESSIBILIDADE COMUNICACIONAL: MPPE conta com atendimento em libras


O Ministério Público de Pernambuco contratou semana passada a primeira recepcionista conhecedora de libras (língua brasileira de sinais utilizada pelos surdos). Núbia Medeiros foi selecionada pelo Núcleo da Diversidade da instituição (órgão responsável por articular ações em defesa das pessoas com deficiência) com o auxílio de um profissional com deficiência auditiva indicado pela SEAD (Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência).

A profissional vai atuar nas segundas, quartas e sextas-feiras na recepção principal da Avenida Visconde de Suassuna, onde estão localizadas várias Promotorias de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital, a exemplo da de saúde, idoso, direitos humanos, habitação e urbanismo, consumidor e meio ambiente. Nas terças e quintas-feiras, a recepcionista ficará à disposição do Núcleo da Diversidade de Recife. Os Promotores de Justiça que precisarem da atuação da profissional em audiências ou qualquer outro evento em que possa ter como público-alvo pessoas surdas devem agendar ligando para o Núcleo da Diversidade (81 3182 7478), das 12h às 18h.

Segundo a Promotora de Justiça de Defesa de Direitos Humanos Judith Borba, também coordenadora executiva do Núcleo da Diversidade do Recife, esta era uma demanda antiga do segmento que vinha sendo reclamada pela Feneis (Federação Nacional de Educação e Inclusão dos Surdos). “Sabemos que há uma forte demanda reprimida dos surdos que não vinha sendo trazida para o Ministério Público porque não oferecíamos acessibilidade comunicacional, mas agora estamos dando um importante passo. Acreditamos que vai chegar o momento que a instituição disponibilizará vagas para intérprete de libras em seus concursos”, ressalta.

A nova recepcionista já tinha atuado como voluntária em capacitação interna oferecida pelo Núcleo da Diversidade de Recife em que foi proferida palestra por representante da Feneis. Ela também já havia intermediado entrevista entre psicólogo e casal de surdos para subsidiar procedimento que tramitava numa Promotoria de Justiça de Olinda.



Fonte: Núcleo Diversidade

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