CMN autoriza pequenas empresas a conseguir crédito mais baixo

As pequenas empresas ganharam mais um instrumento para captar recursos e expandir suas atividades. O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou nesta quinta-feira (29) as sociedades de crédito ao microempreendedor (SCM) a emprestar dinheiro para empresas com receita bruta de até R$ 2,4 milhões por ano.
Até agora, as SCM podiam fazer operações de crédito apenas com pessoas físicas e as microempresas – com faturamento anual de até R$ 240 mil. Essa mudança já estava prevista numa lei aprovada em setembro do ano passado, mas faltava a regulamentação pelo CMN.
Segundo o chefe do Departamento de Normas do Banco Central, Amaro Gomes, a permissão para que as pequenas empresas também sejam incluídas nas operações das SCM é importante para que os pequenos empreendedores ampliem as atividades sem correr o risco de ter dificuldades para conseguir novos financiamentos.
“A gente aumentou a oferta de crédito para um setor da economia com demanda elevada de empréstimos e financiamentos”, explicou Amaro. Com a resolução, uma microempresa pode crescer sem se preocupar se deixará de pegar o crédito mais barato oferecido pelas SCM.
O CMN também aprovou mudanças que facilitarão a concessão de empréstimos por essas sociedades de crédito. Agora, as SCM poderão comprometer até 5% do patrimônio líquido nas operações de crédito por cliente. Antes, esse limite era de R$ 10 mil.
O Conselho Monetário Nacional autorizou ainda que o limite de endividamento dessas instituições seja dobrado de cinco vezes para dez vezes o valor do patrimônio líquido. Em contrapartida, as SCM terão de elevar o capital mínimo de R$ 100 mil para R$ 200 mil.
Constituídas em 1999, as sociedades de crédito ao microempreendedor são instituições que usam recursos próprios ou captam recursos de outras instituições financeiras para emprestar a juros baixos a pessoas físicas, a micro e, a partir desta quinta-feira (29), a pequenas empresas. Atualmente, existem 56 SCM em todo o país que, de acordo com Amaro, têm R$ 52,773 milhões disponíveis para operações de crédito.
Reportagem: Alexandre Rogério

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