Vacina da dengue vai demorar de cinco a dez anos, diz ministro

A epidemia de dengue, que atinge diversas regiões do País, é tema da audiência pública que ocorre neste momento na Comissão de Seguridade Social da Câmara. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, apresentou as principais ações desenvolvidas pelo Governo Federal, mostrou os números mais recentes da epidemia no Brasil e garantiu que não existem novas tecnologias a serem utilizadas no curto prazo. "Não teremos uma vacina pelo menos nos próximos cinco ou dez anos", garantiu ele, que reafirmou a necessidade de maiores investimentos públicos em pesquisa científica para garantir que não seja um laboratório particular a chegar primeiro à fórmula, o que elevaria os gastos para atender às populações.
Segundo Temporão, cerca de 18 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à água encanada e, com isso, estão ainda mais arriscados a pegar a doença. Os dados mais recentes do Ministério da Saúde sobre a dengue no Brasil mostram uma queda de 10,8% dos casos da doença, entre janeiro e abril deste ano, em relação ao mesmo período de 2007. Ao todo, foram 230.829 notificações nos quatro primeiros meses deste ano, contra 258.795 em 2007. Isso representa menos 27.966 pessoas doentes no período avaliado.
Quanto à distribuição de casos por Região, houve aumento nas regiões Norte (49,34%), Nordeste (30,54%) e Sudeste (19,82%); e redução dos registros nas regiões Sul (-72,6%) e Centro-Oeste (-71,72 %). De acordo com os números, do total de registros, 1.069 evoluíram para o quadro hemorrágico, com 77 óbitos. Além dos casos hemorrágicos, 3.298 pessoas tiveram complicações decorrentes da dengue, das quais 53 brasileiros morreram.
Temporão mostrou preocupação com o crescimento do número de casos de dengue no Rio Grande do Norte, Sergipe e Bahia. Já no Maranhão, Piauí e Pernambuco diminuíram as notificações do Ministério da Saúde. Mas há preocupação com a incidência de sorotipos diferentes da dengue, que causam a forma hemorrágica especialmente em crianças. Ele fez questão de mostrar quadro para demonstrar que o número de agentes de saúde na Região é suficiente para cobrir mais de 4 milhões de residências e afirmar que esses profissionais, de função importantíssima no combate ao vetor, precisam ser melhor aproveitados.
Reportagem: Alexandre Rogério


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