Apagão foi provocado por raios, chuva e vento fortes, diz Lobão

O Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quarta-feira (11) que o apagão que afetou 18 estados entre a noite de terça-feira (10) e a manhã desta quarta foi consequência de raios, ventos e chuva na região de Itaberá, em São Paulo.
“Tanto o operador, como Furnas, como todos chegaram à conclusão de que o que aconteceu foram descargas atmosféricas, ventos e chuvas muito fortes na região de Itaberá, em São Paulo, o que provocou um curto cuircuito em três circuitos que levam as linhas de transmissão de Itaipu para Itaberá”, explicou.
“O próprio Instituto Nacional de Meteorologia nos informou que houve uma concentração muito grande desses fonômenos naquela região. O que aconteceu, segundo todas essas avaliações, foi exatamente isso”, acrescentou o ministro.
Tanto o operador, como Furnas, como todos chegaram à conclusão de que o que aconteceu foram descargas atmosféricas, ventos e chuvas muito fortes na região de Itaberá, em São Paulo, o que provocou um curto circuito em três circuitos que levam as linhas de transmissão de Itaipu para Itaberá"
Antes do começo da entrevista coletiva na sede do Operador Nacional do Sistema (ONS), em Brasília, Lobão participou de reunião emergencial do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que durou mais de duas horas. O ministro preside o comitê, que também tem como membros representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Empresa de Pesquisa de Energética (EPE), do ONS, além de concessionárias do setor.
O ministro negou que faltem investimentos na área de energia. “Se há um governo que investiu na área é esse. Foram investidos cerca de R$ 22 bilhões apenas em linhas de transmissões e R$ 8 bilhões em transformadores”, detalhou.
Ele também defendeu o sistema de transmissão de energia no Brasil e anunciou que comissões serão constituídas para verificar o que pode ser feito para evitar novos curtos circuitos. “Nosso sistema é, portanto, considerado muito robusto e resistente, [mas] em certos momentos nem ele resiste. Porém, estamos tomando através de todos os órgãos, estamos constituindo comissões para verificar todas as questões e avaliar o que pode ser feito para o futuro”, disse.
Nosso sistema é, portanto, considerado muito robusto e resistente, [mas] em certos momentos nem ele resiste. Porém, estamos tomando através de todos os órgãos, estamos constituindo comissões para verificar todas as questões e avaliar o que pode ser feito para o futuro
"Houve um acidente, houve. Uma das máquinas perfeitas que o homem fez é o avião, mas o avião também cai", comparou. "O sistema suporta muito mais impacto do que em um passado recente. Não há nada mais avançado no mundo do que o que fazemos no Brasil. O contrário, muitos países copiam o que fazemos aqui", destacou.
Perguntado se esse foi o maior apagão da história brasileira, Lobão disse que não. Segundo ele, em 1999, houve um blecaute que atingiu 70% do país e, em 2002, um apagão que atingiu 60% do Brasil. A queda de energia que ocorreu ontem, segundo ele, atingiu cerca da metade da distribuição energética brasileira.
Edison Lobão explicou que para se evitar apagões é necessário investir no fortalecimento do sistema energético, o que, segundo ele, tem sido feito pelo governo. "Há o que fazer fortalecendo o sistema. O sistema está fortalecido. Nós temos três circuitos. Não um, nem dois, mas três. Caindo um, o sistema suportaria. Caindo dois, também suportaria, mas caíram três”, diss Lobão. “Esse foi um episódio que Deus queira que nunca volte a acontecer.”
O ministro apresentou dados comparativos do apagão brasileiro com outros ocorridos em países desenvolvidos. Segundo ele, em 2003, um apagão que atingiu o Leste dos Estados Unidos e Canadá atingiu mais de 50 milhões de pessoas por quatro dias. No mesmo ano, parte da Itália ficou 24 horas sem luz, disse.

PERNAMBUCO

Por conta do blecaute que atingiu várias regiões do Brasil na noite da terça-feira, algumas agências bancárias de Pernambuco ficaram inoperantes nesta quarta-feira (11). O problema foi gerado porque a base do sistema de dados bancários fica em cidades do Sudeste, região mais afetada pelo problema de transmissão de energia na última noite. O Sertão foi a região mais atingida pela falta de luz: 11 municípios ficaram no escuro.
De acordo com a Celpe, o blecaute atingiu 36 cidades de Pernambuco e deixou 30% do estado sem luz. A Companhia informou também que o apagão durou 35 minutos, tempo suficiente para que três grandes hospitais públicos precisassem usar geradores para não prejudicar o atendimento médico.
No Hospital Getúlio Vargas, um dos maiores do Recife, as cirurgias tiveram que ser suspensas, mas com a normalização do abastecimento, foram realizadas na madrugada. Em algumas avenidas da capital pernambucana, o apagão deixou os semáforos sem funcionar, mas não foram registrados acidentes pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU).

RESSARCIMENTO

Quem perdeu aparelhos eletrônicos durante o apagão da terça-feira deve ficar tranquilo. Uma norma da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) assegura o consumidor para que ele não saia no prejuízo. De acordo com a resolução normativa nº 360, de 14 de abril de 2009, a pessoa tem 90 dias, a contar da data em que aconteceu o problema, para pedir o ressarcimento à concessionária. Para isso é necessário comprovar que é o titular da unidade consumidora ou seu representante legal.
Essa solicitação pode ser feita por telefone, nas agências de atendimento, pela internet ou qualquer outro canal que a distribuidora oferecer. A concessionária deve fazer uma inspeção no equipamento danificado, no prazo máximo de 10 dias, a partir da data do pedido de ressarcimento. Essa inspeção pode ser feita na casa do consumidor ou na própria empresa. O prazo para que seja entregue, por escrito, uma resposta sobre o pedido de ressarcimento é de 15 dias após essa vistoria.


Fonte: pe360graus

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