Coluna Vivianne Santos - uma terra de vitórias



Capítulo V

Parte I - A TERRA DE SANTO ANTÃO


AUTONOMIA POLÍTICO- ADMINISTRATIVA DA CIDADE


“Fica elevada à categoria de cidade a vila de Santo Antão, com a denominação de Cidade da Victória, em comemoração da batalha ganha pelos pernambucanos, nas suas imediações, sobre as forças holandesas.” Parte da lei sancionada em 1843 que elevou a Vila de Santo Antão à categoria de Cidade da Victória.


Evoluindo sucessivamente da condição de povoado à de freguesia, passando posteriormente à categoria de vila pelo Alvará-Régio de 27 de julho de 1811, assinado pelo então Príncipe-Regente D. Pedro I, a Vila de Santo Antão foi oficialmente instalada em 28 de maio de 1812. Do seu território faziam parte as freguesias de São José dos Bezerros e Santo Antão, abrangendo uma grande extensão de terra correspondendo hoje à área ocupada pelos municípios de Vitória de Santo Antão, Pombos, Chã Grande, Gravatá, Bezerros, Caruaru, Bonito, São Caetano, Sairé, Camocim de São Félix, São Joaquim, Barra de Guabiraba, Agrestina, Riacho das Almas e Cortês. O referido Alvará criou igualmente as vilas do Cabo de Santo Agostinho, Pau D’alho e Limoeiro.
Imediatamente após a instalação da vila, pela implantação do pelourinho, símbolo de autonomia municipal colocado no pátio da Matriz, teve lugar a conclusão dos trabalhos da eleição da Câmara, nomeação de seus empregados, fixação dos limites da Vila e decretação da sua postura.
Em 1833, com a elevação da povoação de Bonito a categoria de vila e seu conseqüente desmembramento do município de Santo Antão, procurou o governo provincial compensar a perda desse território, anexando ao município de Santo Antão a freguesia de Nossa Senhora de Escada. Nesse mesmo ano, com a criação da Comarca de Santo Antão, obteve a comunidade sua autonomia judiciária.
Nos três primeiros decênios de sua existência autônoma, período de grande agitação política na província, e de profunda transformação da vida nacional, a Vila de Santo Antão, como todas as demais, mal pôde estabelecer as bases de sua própria organização. Pela lei provincial n.º 113, de 6 de maio de 1843, sancionada pelo Barão da Boa Vista, então presidente da província, foi elevada à cidade, tendo seu nome sido mudado para Cidade da Victória, em homenagem à batalha ganha pelos pernambucanos sobre os holandeses no Monte das Tabocas. Este nome, porém, não permaneceu devido à existência do decreto-lei, que proibia a existência de duplicatas na toponímia nacional. Após muita discussão, foi definitivamente aceito e reconhecido o nome de Vitória de Santo Antão, em 31 de dezembro de 1943.



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