O estudante João Victor Portellinha de Oliveira, de 8 anos, causou polêmica nesta quarta-feira (5), em Goiânia. No quinto ano do ensino fundamental, o menino passou no vestibular para o curso de direito da Universidade Paulista (Unip) na cidade e já se matriculou. “Meu sonho é ser juiz federal, e decidi prestar a prova para ver como me dava”, conta.
De acordo com João Victor, sua intenção é cursar a faculdade e as aulas da escola particular onde estuda simultaneamente. Sua mãe, a arquiteta Maristela Portellinha, 42 anos, endossa o desejo do filho. “Ele tinha essa curiosidade e o que a gente está pensando é que ele continue fazendo a escola direitinho e a faculdade, que ele galgou esse caminho sozinho”, disse. João Victor afirma que sempre foi um bom aluno na escola. “Só tenho nota acima de 9. A mais baixa foi de inglês, num dia que não tinha estudado muito, e tirei 6,6”, lembra.
A universidade reconheceu por uma nota da direção que João Victor fez uma boa prova. “O desempenho do estudante, levando em consideração sua idade e escolaridade, foi bom, especialmente na prova de redação, em que revelou boa capacidade de expressão e manejo eficiente da língua. A singeleza do conteúdo não destoava da linguagem simples, direta, coloquial, com poucos deslizes em relação à norma culta. Este fato o torna merecedor de um acompanhamento especial em seus estudos”, dizia o documento. Para o menino, o exame teve perguntas “tranqüilas”. “Eram coisas que eu já estava preparado. Estudei uma semana antes da prova. E o tema da redação era fácil, era sobre uma matéria de jornal que falava sobre pessoas que gastam dinheiro coisas inúteis. Era para escrever carta sobre a matéria.” No entanto, apesar da nota, de acordo com o comunicado da Unip, o estudante não poderá cursar pois “participou do processo seletivo na condição de ‘treineiro’, numa prática adotada por várias universidades públicas e privadas”.
IMPEDIDO DE CURSARDe acordo com a presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás, professora Maria do Rosário Cassemiro o garoto não pode ser matriculado devido a um artigo da Lei de Diretrizes e Bases. Para cursar o ensino superior é preciso que a pessoa tenha concluído o ensino médio.
INSATISFAÇÃO DA OABA Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de Goiás (OAB-GO) classificou a aprovação de João Victor como “preocupante”. “O fato materializa o alerta que a OAB-GO vem fazendo há tempos sobre a mercantilização do ensino jurídico, que não está sendo tratada pelas autoridades com a devida urgência que requer”, disse nota divulgada no site da Ordem.
O documento diz ainda: “O referido fato, por si só, caso seja comprovado, merece que a instituição de ensino sofra imediata intervenção do MEC para que seja verificado se casos semelhantes ocorrem com freqüência e em que circunstância o episódio ocorreu”.
De acordo com João Victor, sua intenção é cursar a faculdade e as aulas da escola particular onde estuda simultaneamente. Sua mãe, a arquiteta Maristela Portellinha, 42 anos, endossa o desejo do filho. “Ele tinha essa curiosidade e o que a gente está pensando é que ele continue fazendo a escola direitinho e a faculdade, que ele galgou esse caminho sozinho”, disse. João Victor afirma que sempre foi um bom aluno na escola. “Só tenho nota acima de 9. A mais baixa foi de inglês, num dia que não tinha estudado muito, e tirei 6,6”, lembra.
A universidade reconheceu por uma nota da direção que João Victor fez uma boa prova. “O desempenho do estudante, levando em consideração sua idade e escolaridade, foi bom, especialmente na prova de redação, em que revelou boa capacidade de expressão e manejo eficiente da língua. A singeleza do conteúdo não destoava da linguagem simples, direta, coloquial, com poucos deslizes em relação à norma culta. Este fato o torna merecedor de um acompanhamento especial em seus estudos”, dizia o documento. Para o menino, o exame teve perguntas “tranqüilas”. “Eram coisas que eu já estava preparado. Estudei uma semana antes da prova. E o tema da redação era fácil, era sobre uma matéria de jornal que falava sobre pessoas que gastam dinheiro coisas inúteis. Era para escrever carta sobre a matéria.” No entanto, apesar da nota, de acordo com o comunicado da Unip, o estudante não poderá cursar pois “participou do processo seletivo na condição de ‘treineiro’, numa prática adotada por várias universidades públicas e privadas”.
IMPEDIDO DE CURSARDe acordo com a presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás, professora Maria do Rosário Cassemiro o garoto não pode ser matriculado devido a um artigo da Lei de Diretrizes e Bases. Para cursar o ensino superior é preciso que a pessoa tenha concluído o ensino médio.
INSATISFAÇÃO DA OABA Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de Goiás (OAB-GO) classificou a aprovação de João Victor como “preocupante”. “O fato materializa o alerta que a OAB-GO vem fazendo há tempos sobre a mercantilização do ensino jurídico, que não está sendo tratada pelas autoridades com a devida urgência que requer”, disse nota divulgada no site da Ordem.
O documento diz ainda: “O referido fato, por si só, caso seja comprovado, merece que a instituição de ensino sofra imediata intervenção do MEC para que seja verificado se casos semelhantes ocorrem com freqüência e em que circunstância o episódio ocorreu”.
Reportagem: Alexandre Rogério
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