PF prende 16 prefeitos em esquema que pode ter fraudado R$ 200 milhões

A Polícia Federal informou que prendeu mais dois prefeitos nesta quarta-feira (9), totalizando 16 o número de prefeitos detidos pela Operação Pasárgada, cujo objetivo é pôr fim a um esquema de liberação irregular de verbas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O prejuízo aos cofres públicos pode ter ultrapassado os R$ 200 milhões.
Segundo a assessoria da PF, 14 prefeitos são de municípios de Minas Gerais e dois da Bahia.
Cerca de 500 policiais federais participaram da operação na Bahia, em Minas e no Distrito Federal. Os policiais apreenderam R$ 1,3 milhão, US$ 20 mil, dois aviões, 36 automóveis e duas motos. Mais de 51 pessoas foram presas.
Também foram detidos pela Operação Pasárgada, de acordo com a PF, um juiz federal, nove advogados, quatro procuradores municipais, quatro funcionários do Judiciário, um gerente da Caixa Econômica Federal e um lobista.
Entre os prefeitos presos estão Carlos Alberto Bejani (PTB), de Juiz de Fora (MG); Demetrius Arantes Pereira (PTB), de Divinópolis (MG); Júlio Cesar de Almeida Barros (PT), de Conselheiro Lafaiete (MG); José Eustáquio Ribeiro Pinto (DEM), de Cachoeira da Prata (MG); Geraldo Nascimento (PT), de Timóteo (MG); Ademar José da Silva (PSDB), de Vespasiano (MG); José Henrique Gomes Xavier (PR), de Minas Novas (MG); Edson Said Rezende (DEM), de Ervália (MG); Walter Tanure Filho (DEM), de Medina (MG); Claudemir Carpe (PTdoB), de Rubim (MG); José Eduardo Peixoto (PSDB), de Salto da Divisa (MG); Paulo Ernesto Pessanha da Silva (DEM), de Itabela (BA); Carlos Luis de Novaes (PDT), de Almenara (MG); e Gilberto Balbino (PR), de Sobradinho (BA).
Não há informação sobre os outros dois detidos. A PF informou apenas que um deles está afastado do cargo.
Todos os detidos, exceto o gerente da CEF, tiveram prisão temporária decretada. A prisão temporária vale por cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período. Após a prorrogação ou antes mesmo de acabar o prazo, a PF pode solicitar à Justiça prisão preventiva, cujo período é indeterminado. O executivo da Caixa já teve prisão preventiva decretada.
Reportagem: Deni Lima

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