A campanha eleitoral só começa em 6 de julho, mas o número de casos de publicidade extemporânea vem chamando a atenção da Justiça Eleitoral. Ontem, o presidente do TRE, Jovaldo Nunes, e o corregedor-eleitoral, Carlos Moraes, avisaram que usarão todos os recursos possíveis para coibir esse tipo de propaganda e evitar o abuso do poder público por parte dos chefes de Executivo. “O TRE não será o vilão, mas também não vai abrir mão da prerrogativa de fiscalizar, e fiscalizar bem”, asseverou Nunes, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7.
Nem os pré-candidatos à Prefeitura do Recife Mendonça Filho (DEM) e Raul Henry (PMDB), que contam com inúmeros apoios no site de relacionamentos Orkut, estão livres das “malhas” do Judiciário. “Eu diria que é (propaganda antecipada). E não é dissimulada, é escancarada”, analisou Jovaldo Nunes, dizendo que, em princípio, o ato eleitoral é reputado ao candidato. “Se alguém fez isso com a intenção de prejudicá-lo, ele que prove”, argumenta.
O presidente do TRE lamentou que “não estamos contando com a colaboração do povo”, apesar da propaganda desenfreada. O desembargador Carlos Moraes lembrou que há fiscalização entre os próprios partidos, citando a representação que o DEM fez contra o pré-candidato do PT, João da Costa.
Ontem, novos exemplos de propaganda extemporânea foram denunciados pelo Ministério Público Eleitoral e três pré-candidatos à Prefeitura de Floresta foram representados. Edson Ferraz, Flávio Nunes Novaes e Rosângela de Moura Maniçoba Novaes Ferraz terão 24 horas para retirar o material publicitário, sob pena de pagarem multa que pode chegar a R$ 53 mil.
Em Chã Grande e Gravatá, a promotora Fernanda Henriques da Nóbrega deu prazo de 48 horas para que todos os pré-candidatos, partidos e eleitores retirem a propaganda cujo foco é a promoção pessoal de políticos.
Reportagem: Alexandre Rogério
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