Em Glória do Goitá, Zona da Mata de Pernambuco, algumas crianças precisam caminhar 1 km todos os dias para ir às aulas. “A gente vai pela pista, onde passam os carros muito próximos da gente, passa pelas barracas, depois atravessa mais outra pista até chegar à escola”, diz Girlaine Tamires (foto), 12 anos, uma das que faz esse percurso até o centro da cidade.
A jovem já estudou num colégio na própria comunidade, a escola Lídia Burella Dornelas Câmara, mas o problema é que faltam vagas: existem apenas duas salas e, por isso, duas turmas por turno, quatro ao todo.
Faltam salas, mas não espaços vazios. Atrás do colégio, um grande terreno sem uso poderia ser o espaço para construção de mais locais para os alunos assistirem aulas.
As novas salas poderiam ser melhores do que as duas que existem: de tão escuras, os alunos têm dificuldade para assistir às aulas. “Tem vezes que o marcador do quadro é claro e, quem fica no fundo da sala, não tem como ver. A professora então colocava as bancas mais para frente”, diz a jovem, que estudou quatro anos no local.
De acordo com a secretaria de Educação do município de Glória do Goitá, Ivanilda Silvestre, será oferecido transporte a quem estuda longe da comunidade. “Vamos viabilizar, a partir de outubro e novembro, a compra de dois ônibus”, afirmou. “Mas nosso projeto é que as crianças estudem na escola Lídia Burella mesmo, em 2010. Serão construídas salas de aula a depender da demanda, se os alunos fizerem matrícula”, diz a secretária Ivanilda Silvestre.
A secretária também se comprometeu a melhorar a iluminação das salas, mas afirmou que faltam verbas para resolver todos os problemas da Educação. “Já estamos observando as questões, mas temos problemas mais sérios em Glória do Goitá. Por isso estamos priorizando”, disse.
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