Fernando Ferro, em pronunciamento feito na Câmara nesta quinta-feira, revelando sua indignação com o conteúdo do programa de televisão do apresentador Jô Soares. Veja a íntegra.
Ontem à noite, por conta de uma insônia que me tem acometido, vi um pedaço do programa do Sr. Jô Soares. Confesso que, após assistir, de manhã, a um debate sobre reforma eleitoral, quando foram ouvidas, nesta Casa, a sociedade, diversos segmentos e lideranças, num esforço de procurar dotar o País de uma estrutura eleitoral mais adequada e mais justa, ouvi os comentários, os impropérios das comentaristas do Jô Soares — são 4 jornalistas— , que ao programa foram dizer que, no fundo, nesta Casa, há um bando de mensaleiros — as palavras eram mais ou menos nessa linha — , todos eram iguais, era uma desmoralização pública, estávamos preparando mais um ataque ao bolso do consumidor ao propormos o financiamento público de campanha.
Defendemos a liberdade e o direito da crítica da imprensa.
Agora, é uma covardia se fazer um debate, nesta Casa, e à noite, numa televisão, cuja concessão é pública, e colocar 4 pessoas para dar opinião para desmoralizar esta instituição e não se ter direito ao contraditório.
Então, esta Casa tem a obrigação de solicitar o direito de resposta ou o direito de participar para se explicar.
A Câmara dos Deputados pode fazer uma convocação, em cadeia nacional, para se explicar. Se não o fizer, estará colaborando para essa desmoralização definitiva desta instituição.
Claro que aqui há mazelas e erros.
Agora, há que se dar o direito de defesa, o contraditório, minimamente, exigido numa concessão pública, que é uma televisão como a Rede Globo, onde exclusivamente se esculachou, não escapando ninguém.
Citou-se o caso do Deputado Fernando Gabeira, do Eduardo Suplicy, como outrora ícones da imoralidade, que agora estavam envolvidos numa espécie de mensalão de passagens, coisas que o valham, sem direito de resposta, um verdadeiro massacre.
Ora, se a Câmara dos Deputados não tomar alguma providência para exigir pelo menos o direito de se defender, num debate daquele, colocar alguém para explicar o que está acontecendo aqui, nós estaremos assumindo covardemente a nossa morte, a morte desta Casa.
Eu não sou mensaleiro, eu não sou bandido, eu não sou canalha. Eu exijo respeito em nome da instituição. E acho que nós teremos de fazer isso.
O Presidente da Câmara pode pedir uma cadeia nacional para se explicar. Caso contrário, nós estamos corroborando com a mensagem e com a idéia de desmoralização do Parlamento.
Eles até dizem: Não, a instituição nós preservamos, a instituição é importante. No entanto, todos que estão lá não prestam. Era esse o discurso que, no final, ficou transparecendo.
Então, se a gente não partir para, de alguma maneira, defender isso aqui, quem vai defender?
Nós estaremos colaborando para essa política canalha de desmoralizar o Legislativo que, no fundo, é uma política golpista para fechar esta Casa, para fechar esta instituição. E nós não podemos ficar silenciosos aceitando isso.
Reafirmo, o direito de crítica é fundamental para a democracia. Agora, o direito do contraditório, de defesa da instituição, deve existir também.
Eu quero aqui manifestar a minha indignação e apelar para a Mesa da Casa para que se tome uma providência. Ou se manifesta de alguma maneira ou reaja de alguma maneira, caso contrário, nós seremos sepultados num mar de denúncia, como um bando de canalhas que está aqui em Brasília.
Essa infelizmente é a mensagem que passaram todas as jornalistas que estavam naquele momento ali, sem direito de defesa. Todas unânimes na condenação em geral da instituição.
E não adianta dizer que não era esse o discurso, porque esse é o discurso.
Pode pedir, pode pedir a fita de lá, você vai ver como foi o tratamento dado para desmoralizar, para achincalhar, para definitivamente jogar na lama o que resta da instituição Congresso Nacional.
Ontem à noite, por conta de uma insônia que me tem acometido, vi um pedaço do programa do Sr. Jô Soares. Confesso que, após assistir, de manhã, a um debate sobre reforma eleitoral, quando foram ouvidas, nesta Casa, a sociedade, diversos segmentos e lideranças, num esforço de procurar dotar o País de uma estrutura eleitoral mais adequada e mais justa, ouvi os comentários, os impropérios das comentaristas do Jô Soares — são 4 jornalistas— , que ao programa foram dizer que, no fundo, nesta Casa, há um bando de mensaleiros — as palavras eram mais ou menos nessa linha — , todos eram iguais, era uma desmoralização pública, estávamos preparando mais um ataque ao bolso do consumidor ao propormos o financiamento público de campanha.
Defendemos a liberdade e o direito da crítica da imprensa.
Agora, é uma covardia se fazer um debate, nesta Casa, e à noite, numa televisão, cuja concessão é pública, e colocar 4 pessoas para dar opinião para desmoralizar esta instituição e não se ter direito ao contraditório.
Então, esta Casa tem a obrigação de solicitar o direito de resposta ou o direito de participar para se explicar.
A Câmara dos Deputados pode fazer uma convocação, em cadeia nacional, para se explicar. Se não o fizer, estará colaborando para essa desmoralização definitiva desta instituição.
Claro que aqui há mazelas e erros.
Agora, há que se dar o direito de defesa, o contraditório, minimamente, exigido numa concessão pública, que é uma televisão como a Rede Globo, onde exclusivamente se esculachou, não escapando ninguém.
Citou-se o caso do Deputado Fernando Gabeira, do Eduardo Suplicy, como outrora ícones da imoralidade, que agora estavam envolvidos numa espécie de mensalão de passagens, coisas que o valham, sem direito de resposta, um verdadeiro massacre.
Ora, se a Câmara dos Deputados não tomar alguma providência para exigir pelo menos o direito de se defender, num debate daquele, colocar alguém para explicar o que está acontecendo aqui, nós estaremos assumindo covardemente a nossa morte, a morte desta Casa.
Eu não sou mensaleiro, eu não sou bandido, eu não sou canalha. Eu exijo respeito em nome da instituição. E acho que nós teremos de fazer isso.
O Presidente da Câmara pode pedir uma cadeia nacional para se explicar. Caso contrário, nós estamos corroborando com a mensagem e com a idéia de desmoralização do Parlamento.
Eles até dizem: Não, a instituição nós preservamos, a instituição é importante. No entanto, todos que estão lá não prestam. Era esse o discurso que, no final, ficou transparecendo.
Então, se a gente não partir para, de alguma maneira, defender isso aqui, quem vai defender?
Nós estaremos colaborando para essa política canalha de desmoralizar o Legislativo que, no fundo, é uma política golpista para fechar esta Casa, para fechar esta instituição. E nós não podemos ficar silenciosos aceitando isso.
Reafirmo, o direito de crítica é fundamental para a democracia. Agora, o direito do contraditório, de defesa da instituição, deve existir também.
Eu quero aqui manifestar a minha indignação e apelar para a Mesa da Casa para que se tome uma providência. Ou se manifesta de alguma maneira ou reaja de alguma maneira, caso contrário, nós seremos sepultados num mar de denúncia, como um bando de canalhas que está aqui em Brasília.
Essa infelizmente é a mensagem que passaram todas as jornalistas que estavam naquele momento ali, sem direito de defesa. Todas unânimes na condenação em geral da instituição.
E não adianta dizer que não era esse o discurso, porque esse é o discurso.
Pode pedir, pode pedir a fita de lá, você vai ver como foi o tratamento dado para desmoralizar, para achincalhar, para definitivamente jogar na lama o que resta da instituição Congresso Nacional.
Portanto, eu pediria que a Mesa tomasse alguma providência para responder de alguma maneira.
Fonte: Blog do Jamildo
Fonte: Blog do Jamildo
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