Representante do MMA faz debate na ExpoFacol

A palestra da representante do Ministério do Meio Ambiente a Dra. Márcia Maria Facchina - surpreendeu o interesse participativo no processo de orientação e implantação da Agenda 21 local. Para melhor entendimento a Agenda 21 foi um dos principais resultados da Conferência Eco-92, ocorrida no Rio de Janeiro, em 1992. É um documento que estabeleceu a importância de cada país se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio-ambientais. Cada país desenvolve a sua Agenda 21 e no Brasil as discussões são coordenadas pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS).

A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversão da sociedade industrial rumo a um novo paradigma, que exige a reinterpretação do conceito de progresso, contemplando maior harmonia e equilíbrio holístico entre o todo e as partes, promovendo a qualidade, não apenas a quantidade do crescimento.Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF, internacionalmente, que tornou possível repensar o planejamento. Abriu-se o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano de ação e de um planejamento participativo em nível global, nacional e local, de forma gradual e negociada, tendo como meta um novo paradigma econômico e civilizatório.

As ações prioritárias da Agenda 21 brasileira são os programas de inclusão social (com o acesso de toda a população à educação, saúde e distribuição de renda), a sustentabilidade urbana e rural, a preservação dos recursos naturais e minerais e a ética política para o planejamento rumo ao desenvolvimento sustentável. Mas o mais importante ponto dessas ações prioritárias, segundo este estudo, é o planejamento de sistemas de produção e consumo sustentáveis contra a cultura do desperdício. A Agenda 21 é um plano de ação para ser adotado global, nacional e localmente, por organizações do sistema das Nações Unidas, governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em que a ação humana impacta o meio ambiente.

Marcaram presença neste evento realizado no Teatro Tabocas representantes de entidades da sociedade vitoriense, de dez prefeituras da região, de órgãos públicos, porém não se notou a participação de representantes do Governo Municipal da Vitória de Santo Antão. O Dr. Paulo Roberto (Diretor da FACOL) ressaltou a pesquisa realizada pelos professores Carmelo Souza e Carol Melo da FACOL em relação ao Rio Itapacurá, junto com alunos do Curso de Pedagogia e do Ensino Médio do Sistema Educacional Radar, o qual fizeram uma visita ao Rio, tendo como missão desenvolver um trabalho de conscientização. Com a finalidade de obter bons resultados, professores e alunos fizeram uma limpeza simbólica recolhendo lixo no local. Todo o resultado desse trabalho está sendo exibido durante a ExpoFacol. Além disso, será produzido um material educativo para ser distribuída a comunidade ribeirinha e também as autoridades presentes das esferas Federal, Estadual e Municipal.

Um dos pontos citados também foi o esclarecimento em relação à parte externa da ExpoFacol onde muitos esperavam por eventos musicais, o qual em outras edições ocorriam shows e apresentações culturais. O Diretor-presidente da Faculdade, comentou o receio da execução do evento externo, quando em semana anterior o canal de TV local citou que ele era um destruidor de praça. O receio, segundo ele, seria um suposto imprevisto no local das apresentações, onde alegou que com certeza seria altamente prejudicado, resolvendo assim cancelar as atividades externas.

Este Debate com a representante do MMA consolidou uma articulação regional com algumas Prefeituras e demais setores da sociedade para firmar consórcios inter-municipais, que assegurem o dimensionamento do passo a passo da implantação desta Agenda 21 local.

Reportagem: Lissandro Nascimento. Colaboração: Do INFODIVERSIDADE.COM