Brasileiro não confia em partidos políticos

O secretário-geral da Associação dos Magistrados Brasileiros, Paulo Henrique Machado, e o presidente da instituição, Mozart Pires, durante divulgação dos resultados do Barômetro AMB, uma pesquisa sobre confiança dos brasileiros nas instituições e órgãos públicosBrasília - Pesquisa divulgada hoje (10) pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) indica que 72% dos entrevistados não confiam nos partidos políticos. O dado faz parte do Barômetro de Confiança, instrumento de análise do grau de credibilidade dos brasileiros nas instituições e órgãos públicos do país, que foi lançado hoje pela AMB.A cada três meses, a associação realizará o estudo, em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). No primeiro levantamento, foram ouvidas 1,5 mil pessoas em todo o Brasil, maiores de 18 anos, no período de 29 de maio a 2 de junho de 2008.Na avaliação do presidente da AMB, Mozart Valadares Pires, o primeiro Barômetro de Confiança apresentou resultado “extremamente preocupante”.“É evidente a necessidade de reavaliar a atuação, principalmente dos partidos políticos, que foi a instituição com menor grau de confiança da população”. Para Pires, a exposição dos políticos está por trás da falta de credibilidade.“Nós temos que levar em consideração que o Legislativo brasileiro vive mais na vitrine do que os outros poderes. Ultimamente têm ocorrido alguns escândalos no Legislativo, nos últimos 10 anos, por exemplo, dois presidentes do Senado tiveram que renunciar por acusações de corrupção. Tudo isso repercute negativamente na sociedade brasileira”, disse o presidente da AMB.Na pesquisa, foram avaliadas 17 instituições. Entre elas, as Forças Armadas se destacaram, com um nível de confiança de 79%. Em seguida, vêm a Igreja Católica (72%) e a Polícia Federal (70%). Foi incluído também no estudo um levantamento sobre o conhecimento da forma de funcionamento do Poder Judiciário. Os dados indicam que apenas 8% dos entrevistados afirmam conhecer bem o funcionamento da Justiça.“É preciso melhorar todas as instituições, não só as que tiveram baixo nível de confiabilidade, para oferecer um melhor serviço à sociedade”, completou Pires.
Reportagem: Alexandre Rogério

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