Lula diz que Governo apura desvios no PAC

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou ontem as investigações da Polícia Federal sobre os desvios de verbas públicas em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apurados pela Operação João de Barro, da Polícia Federal. Segundo Lula, as investigações estão sendo conduzidas pelo próprio Governo Federal.
“O PAC está sofrendo uma investigação por parte do próprio Governo. É a CGU (Controladoria Geral da União) que está fazendo as investigações. (...) É sinal de que nós queremos que cada real que o Governo transfere para o município e para o Estado seja aplicado na obra que foi contratada, e que não precisa de intermediários”, afirmou.
Já o ministro das Cidades, Márcio Fortes, afirmou ontem que ainda não tem informações das obras públicas que estão envolvidas nas denúncias da Polícia Federal. “Nós trabalhamos com várias obras, com recursos de emendas parlamentares, emendas individuais e de comissão. Tudo em parceria com a Caixa Econômica Federal. Agora, o que é do PAC e o que não é do PAC ainda não tivemos acesso das obras relacionadas (no inquérito)”, afirmou Fortes.
Ele explicou que as ordens de serviços das obras do PAC estão sendo assinadas somente agora e que os recursos só são liberados depois que a obra é medida e atestada. O ministro admitiu que as denúncias podem envolver obras de programas anteriores.
Sobre a informação de que ele teria transferido a responsabilidade de explicar as denúncias à Caixa Econômica Federal, a quem cabe fiscalizar as obras nos municípios, Fortes explicou que se referia às informações sobre obras que estariam utilizando material de baixa qualidade. “Eu referi que quem acessa na ponta é que tem de dar a justificativa. Eu não tenho funcionário fora de Brasília. A Caixa é nossa parceira e contratada para, na ponta, atestar o andamento das obras”, afirmou o ministro.
Márcio Fortes lembrou que preventivamente afastou dois funcionários do seu ministério que ocupavam cargos de confiança. “Quando se trata de ordem de prisão e ordem de busca e apreensão, o que está em jogo é a confiança. Então, afastamos os funcionários para facilitar a análise do comportamento desses funcionários e para que haja tranqüilidade na apuração dos fatos”, disse.
Reportagem: Alexandre Rogério

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