PPS pune prefeito e secretária de Toritama, presos pela Polícia Federal

A Direção do Partido Popular Socialista (PPS) divulgou, na tarde desta terça (17), nota à imprensa informando que o prefeito de Toritama, José Marcelo Marques de Andrade e Silva, foi afastado da Comissão Provisória do partido em Toritama, devido às acusações levantadas pela Operação Gestão Plena. O prefeito é suspeito de superfaturar serviços de saúde no município.
A secretária Elizabeth Gonçalves da Silva, vinculada ao partido e à administração da cidade, também foi afastada da comissão pelo mesmo motivo. Segundo a assessoria de comunicação do PPS, a decisão vale até que os fatos sejam devidamente apurados. O nome dos dois partidários ficará sob julgo do Conselho de Ética do partido.
Além do prefeito e da secretária, a Operação Gestão Limpa, efetuada pela Polícia Federal (PF), prendeu outras quatro pessoas, todas suspeitas de envolvimento com as fraudes. A PF ainda cumpriu 16 mandatos de busca e apreensão nos municípios de Toritama, Teresinha, João Alfredo, São José do Egito, Lagoa do Carro, Lagoa de Itaenga e Tamandaré.
OPERAÇÃO GESTÃO LIMPAA fraude começou a ser investigada há um ano, depois que a Polícia Federal recebeu um ofício da Secretaria Estadual de Saúde. A Secretaria suspeitava dos valores cobrados por serviços ambulatoriais e hospitalares, bem acima do aceitável. Em um dos casos, o valor que deveria ser repassado pelo Ministério da Saúde não chegaria a R$ 73 mil, mas, com a fraude, a Prefeitura recebeu R$ 189 mil.
Devido ao segredo judicial, Roberto Oliveira, da Delegacia Fazendária, não pôde dar detalhes sobre o caso, mas explicou que o desvio de dinheiro passava por dois funcionários terceirizados da Secretaria.“A partir da prestação de serviço dentro das unidades municipais de saúde, elas repassavam os custos aos municípios que, por sua vez, através do programa Gestão Plena e de sistemas informatizados específicos, informavam os valores à Secretaria. Dentro da Secretaria de Saúde existiam funcionários terceirizados, que recebiam, analisavam e repassavam para pagamento. Era nesse momento que existia o superfaturamento e a majoração do valor”, diz o delegado.A investigação federal calcula que o montante desviado seja de R$ 2,5 milhões, entre os anos de 2005 e 2007. Setenta policiais federais participaram da operação, batizada de Gestão Plena, para cumprir seis mandados de prisão e 16 de busca e apreensão.Os detidos serão indiciados por formação de quadrilha, inserção de dados falsos em sistema de informação e peculato (desvio de dinheiro público cometido por funcionário público). Além desses crimes, o prefeito de Toritama também vai responder por apropriação de bens ou rendas públicas. As penas máximas podem passar os 30 anos de reclusão.
Reportagem: Alexandre Rogério

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