O Palácio do Planalto começa esta semana a desamarrar os nós em torno do projeto para tirar o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) da corrida presidencial e abrir o caminho para uma eleição plebiscitária entre a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
Determinado a antecipar o prazo para que Ciro defina seu futuro político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversará na quarta-feira (27) com o presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos (PE), e possivelmente se reunirá também com o próprio Ciro. Lula visita Pernambuco na quarta. Não está confirmada a presença de Ciro no Recife.
Antes mesmo do encontro do presidente com Eduardo Campos, líderes do PSB já admitem que terão de apressar a definição. Ciro Gomes, que esticou a folga de fim de ano e só retornaria ontem à noite das férias, havia fixado para março o prazo para dizer se aceita deixar a corrida presidencial, após o convite de Lula para que dispute o governo de São Paulo.
“A pressão está grande demais. A data que havíamos fixado está prejudicada e parece que não teremos outra saída a não ser antecipar”, disse ontem líder do PSB na Câmara, deputado Márcio França (SP).
Nos últimos dias, o PT subiu o tom em relação a Ciro. Reunidos no fim de semana em São Roque (SP), em seminário da ala majoritária da sigla, alguns líderes petistas já não escondiam a irritação com a demora do deputado em se decidir sobre a eleição. Reservadamente, se queixavam até da longa duração das férias do parlamentar.
Caso Ciro se recuse a concorrer em São Paulo, o plano é oferecer uma posição na campanha de Dilma ou no futuro governo, caso a ministra seja eleita.
Parte do comando petista avalia que o deputado socialista seria a pessoa ideal para atrair votos para Dilma no Nordeste, onde Serra tem entre seus aliados o senador e ex-governador de Pernambuco Jarbas Vasconcelos (PMDB). “Se Ciro quiser ser candidato em São Paulo, hoje a maioria do partido o apoia. Se quiser qualquer função na campanha da Dilma, também temos abertura”, disse o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP).
O novo presidente do PT, José Eduardo Dutra, que assume em fevereiro (leia na página 5), usa a derrota do governo na eleição do Chile como argumento para convencer o PSB a retirar o nome de Ciro da sucessão. Na disputa chilena, havia dois candidatos que faziam parte da aliança da presidente Michelle Bachelet.
“O próximo passo é garantir a unidade do governo na eleição. Trazer o Ciro para a campanha da Dilma. A unidade é importante. Vimos um monte de comparações apressadas com a eleição do Chile, mas se há um ponto que vale para o Chile e para o Brasil é que governo não divide”, disse Dutra.
Se o plano de fazer Ciro disputar o governo de São Paulo fracassar, o PT terá de recomeçar o processo de escolha de seu candidato em São Paulo. Com a desistência do ex-ministro Antonio Palocci, ganharam força o senador Aloizio Mercadante (SP) e a ex-prefeita Marta Suplicy. No pé da lista, estão o prefeito de Osasco, Emidio de Souza, e o ministro da Educação, Fernando Haddad. No vácuo deixado por Ciro, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PSB), também quer uma chance.
Fonte: Jornal do Commercio
Determinado a antecipar o prazo para que Ciro defina seu futuro político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversará na quarta-feira (27) com o presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos (PE), e possivelmente se reunirá também com o próprio Ciro. Lula visita Pernambuco na quarta. Não está confirmada a presença de Ciro no Recife.
Antes mesmo do encontro do presidente com Eduardo Campos, líderes do PSB já admitem que terão de apressar a definição. Ciro Gomes, que esticou a folga de fim de ano e só retornaria ontem à noite das férias, havia fixado para março o prazo para dizer se aceita deixar a corrida presidencial, após o convite de Lula para que dispute o governo de São Paulo.
“A pressão está grande demais. A data que havíamos fixado está prejudicada e parece que não teremos outra saída a não ser antecipar”, disse ontem líder do PSB na Câmara, deputado Márcio França (SP).
Nos últimos dias, o PT subiu o tom em relação a Ciro. Reunidos no fim de semana em São Roque (SP), em seminário da ala majoritária da sigla, alguns líderes petistas já não escondiam a irritação com a demora do deputado em se decidir sobre a eleição. Reservadamente, se queixavam até da longa duração das férias do parlamentar.
Caso Ciro se recuse a concorrer em São Paulo, o plano é oferecer uma posição na campanha de Dilma ou no futuro governo, caso a ministra seja eleita.
Parte do comando petista avalia que o deputado socialista seria a pessoa ideal para atrair votos para Dilma no Nordeste, onde Serra tem entre seus aliados o senador e ex-governador de Pernambuco Jarbas Vasconcelos (PMDB). “Se Ciro quiser ser candidato em São Paulo, hoje a maioria do partido o apoia. Se quiser qualquer função na campanha da Dilma, também temos abertura”, disse o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP).
O novo presidente do PT, José Eduardo Dutra, que assume em fevereiro (leia na página 5), usa a derrota do governo na eleição do Chile como argumento para convencer o PSB a retirar o nome de Ciro da sucessão. Na disputa chilena, havia dois candidatos que faziam parte da aliança da presidente Michelle Bachelet.
“O próximo passo é garantir a unidade do governo na eleição. Trazer o Ciro para a campanha da Dilma. A unidade é importante. Vimos um monte de comparações apressadas com a eleição do Chile, mas se há um ponto que vale para o Chile e para o Brasil é que governo não divide”, disse Dutra.
Se o plano de fazer Ciro disputar o governo de São Paulo fracassar, o PT terá de recomeçar o processo de escolha de seu candidato em São Paulo. Com a desistência do ex-ministro Antonio Palocci, ganharam força o senador Aloizio Mercadante (SP) e a ex-prefeita Marta Suplicy. No pé da lista, estão o prefeito de Osasco, Emidio de Souza, e o ministro da Educação, Fernando Haddad. No vácuo deixado por Ciro, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PSB), também quer uma chance.
Fonte: Jornal do Commercio
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