Ações na Zona da Mata combatem praga do caramujo gigante africano

O molusco destrói lavouras de alface, coentro, cebolinha e couve, causando prejuízo econômico para a região. Uma das estratégias da campanha para reverter esse quadro é conscientizar a população sobre os problemas econômicos e sanitários que o caramujo gigante africano pode causar. As ações durarão quase um ano e incluem a distribuição de panfletos e cartazes com orientações para a população que vive no campo.

De acordo com o gerente da Primeira Regional de Saúde, Marcelo Ferreira Lima, não há como estimar o número de caramujos africanos na Zona da Mata do Estado. Ele alerta também que, ao entrar em contato com o homem, esses animais podem causar um tipo específico de meningite e alguns problemas digestivos. Muito embora não haja o registro da doença no país, as chances de esse tipo de meningite ocorrer é grande.

Começa nesta segunda-feira (15) uma campanha educativa para eliminar a praga que vem atingindo as lavouras de hortaliças em Pernambuco, promovida pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). O caramujo gigante africano, que tem infestado as plantações nos campos da Zona da Mata do Estado, também pode transmitir doenças para o ser humano.

Em um segundo momento, a campanha terá o intuito controlar ambientalmente o número desses moluscos na região, eliminando alguns deles. Esse trabalho será feito por seis meses.

O evento desta segunda-feira conta com a presença de entidades sindicais dos agricultores e ocorre no município de Chã Grande, na Secretaria de Saúde do município, a partir das 9h30 da manhã.

CARAMUJO

Introduzidos no Brasil por volta de 1990 para o cultivo e a comercialização do escargot, o caramujo gigante africano (Achatina fulica) pode atingir até 18 centímetros de comprimento de concha e pesar até 500 gramas. O molusco se procria rapidamente e é resistente ao inverno e ao calor. O fracasso das tentativas de comercialização levou os criadores, por desinformação, a soltar os caramujos nas matas.

Como se reproduz rapidamente e não possui predadores naturais no Brasil, hoje se tornou uma praga agrícola e pode ser encontrado em praticamente todo o país. Ao identificar o caramujo africano, é importante manuseá-lo com luvas ou saco de plástico, para evitar o contato direto com o animal. Deve-se colocá-lo em um recipiente com sal ou cloro e evitar esmagá-lo no chão, pois pode os ovos podem se espalhar pelo chão e aumentar a procriação dos moluscos.



Fonte: pe360graus

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