Terezinha levanta suspeitas de superfaturamento em festejos no interior do Estado


A deputada Terezinha Nunes levantou, em plenário, nesta segunda-feira (15), suspeitas de superfaturamento em contratos da Secretaria de Turismo do Estado para realização de shows em pequenos municípios do interior pernambucano.

Conforme levantamento, os valores dos cachês publicados no Diário Oficial de 23 de abril passado estão acima dos praticados no mercado, havendo, inclusive, informação de festas faturadas que não ocorreram, segundo a deputada.

Somente em dois eventos – Festejos Natalinos e Verão Pernambuco – foram aplicados R$ 1,7 milhão, denunciou. O primeiro teria sido realizado em seis municípios (Jucati, Ipubi, Palmerina, Belém de Maria, Jupi e Sirinhaém), com recursos que variaram de R$ 187 mil a R$ 197 mil por município, o que daria uma média de R$ 67 mil por banda.

“Em Jucati, que tem apenas 10.500 habitantes, o investimento foi de R$ 19 por morador, valor que se paga no Recife para ter acesso a grandes atrações”, afirmou Terezinha. “Mas, com exceção da Banda Calypso, a maior parte das bandas são pouco conhecidas ou mesmo desconhecidas, não justificando os valores pagos”.

Como exemplo de suposta irregularidade, a deputada citou o investimento de R$ 197 mil em Palmeirina, onde foram contratados Flávio José, Baby Som e Perfil, que têm cachê de R$ 27 mil, R$ 35 mil e R$ 7 mil, o que totalizaria R$ 69 mil, uma diferença de R$ 128 mil.

Em Ipubi, onde os valores de mercado e os pagos também não batem (há uma diferença de R$ 120 mil), é possível que nem tenha ocorrido festa, de acordo com Terezinha. “Falei pessoalmente com várias pessoas e ninguém confirmou esses eventos”, informou a parlamentar.

Terezinha salientou que há casos em que os eventos sequer foram publicados no Diário Oficial, a exemplo de festejados que teriam sido realizados em Capoeiras, Condado e Itambé, no valor de R$ 621 mil.
“Não vou ficar só no discurso. Estou encaminhando pedido de informações à Secretaria de Turismo e solicitar uma apuração rigorosa ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público. É preciso que o governo se explique”.

Em aparte, os deputados Pedro Eurico, Augusto Coutinho e Jacilda Urquisa reforçaram as denúncias de Terezinha e exigiram esclarecimentos.
“De onde vem a ordem para execução dessas festas milionárias? Já é hora de o governador abrir os olhos”, declarou Eurico. Os deputados Izaías Régis, André Campos, Augusto César e Dra. Nadégi alegaram que os investimentos incluem custos de produção e serão facilmente justificados.



Fonte: Blog do Jamildo

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