Copergás X GDK: briga judicial pelo gasoduto

O contrato entre Copergás e GDK, no valor de R$ 95 milhões, foi assinado em janeiro de 2005 e as obras começaram no ano seguinte. No traçado do gasoduto, contudo, foram encontrados 50 metros cúbicos de rocha, o que encareceu o projeto e provocou o início das discussões entre GDK e Copergás – e, em conseqüência, os atrasos.
O gasoduto Recife-Caruaru, que viabilizaria o crescimento da Luzarte, tinha previsão inicial de estar pronto em 17 de janeiro do ano passado. Com um ano e alguns dias de atraso na conclusão da obra, um desentendimento entre a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) e a baiana GDK, contratada pela estatal para a construção, põe em xeque um cronograma que já prevê outros seis meses de retardo. Os atrasos prejudicam o Agreste e atrapalham os planos de interiorização do governo Eduardo Campos.
Dois casos de indústrias que desistiram de investir em Caruaru chamaram a atenção da mídia: a paulista Gyotoku, também de cerâmicas, e a Fabriplast, empresa de Abreu e Lima. Ambas optaram por Vitória de Santo Antão para aportar, na ordem, R$ 60 milhões e R$ 25 milhões. As duas vão gerar, juntas, 820 empregos diretos.
Reunião entre GDK e Copergás para resolver impasse
Uma nova reunião entre executivos da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) e da baiana GDK será realizada amanhã, na sede da estatal. Caso as empresas continuem sem chegar a um acordo, a Copergás será obrigada a lançar uma nova licitação para completar os 34 quilômetros (km) restantes do gasoduto Recife-Caruaru, com extensão de 120 km, o que deve retardar ainda mais a conclusão da obra. Mesmo se a GDK continuar no projeto, o gasoduto só estaria em operação em julho. Para fontes consultadas pela reportagem, o grande problema da Copergás é equacionar os custos e sua disponibilidade financeira.
A dificuldade justifica-se pelo fato de que o contrato com a GDK foi de R$ 97 milhões e apenas 70% da obra foram executados. Há um ano e três meses a empresa baiana procurou a Companhia para negociar um aditivo de R$ 47 milhões. A cifra é resultado do cálculo do custo extra para retirar, do traçado do gasoduto, 50 mil metros cúbicos (m³) de rochas não previstos. A GDK, inclusive, alega que houve falha no edital de licitação, que teria previsto 9 mil m³ de pedras.
A conta para determinar o custo para finalizar a obra ainda não está fechada. Se por um lado a Copergás não divulgou quanto repassou à baiana, a GDK entrou na Justiça para “ser compensada pelos prejuízos que teve de arcar” para retirar os primeiros 33 mil metros cúbicos de rochas.
A Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) diz não haver amparo legal para o aditivo. E, para este ano, seu orçamento é de R$ 38 milhões, o que inclui gastos diversos. A multa rescisória do contrato é de 20%, o correspondente a R$ 19 milhões.
A obra está parada. O cronograma já contabiliza novo atraso. Os caruaruenses são obrigados a aguardar – de novo.

Reportagem: Lissandro Nascimento.
Fonte: Jornal do Commercio.

1 Comentário:

Fernando F Almofrey disse...

Você colocou algumas informações erradas aí.
1° São 50.000 m3 de rocha.
2° o Prazo SERIA daqui a 18 meses.
A obra está parada.
Existe sim, amparo legal pra GDK cobrar o que está pedindo.
Não posso dar mais detalhes, mas te garanto que a culpa maior de tudo foi da Copergas.
Provavelmente por falta de experiência em preparação dos documentos da licitação, e documentos importantíssimos na execução da obra.
Nenhuma empresa conseguirá concluir a obra por menos do valor solicitado em pleito.

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