Tombados mais três patrimônios vivos da região

Patrimônio Vivo - Cineasta Fernando Spencer, ceramista Zezinho de Tracunhaém (natural da Vitória de Sto Antão) e Irmandade da Confraria do Rosário de Floresta são três novos tombados do Estado.
A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Cultura divulgaram o resultado do terceiro Concurso Público da Lei do Registro do Patrimônio Vivo e os três novos tombados do Estado são o cineasta Fernando Spencer; o ceramista Zezinho de Tracunhaém; e a Irmandade da Confraria do Rosário de Floresta do Navio, uma comunidade quilombola localizada no município de Floresta, no Sertão de Itaparica, a cerca de 440km do Recife. Spencer e Zezinho receberão uma bolsa mensal e vitalícia de R$ 750; já a Irmandade, de R$ 1,5 mil. A missão dos três é "transmitir seus conhecimentos a aprendizes, contribuindo para a fomentação e preservação das tradições culturais em Pernambuco".
Ao todo, foram 113 inscrições. Uma comissão especial de análise foi formada por cinco membros para avaliar os inscritos e selecionar os três premiados. A Lei do Registro do Patrimônio Vivo foi editada em 2002, mas só em 2005 é que o primeiro concurso foi efetivamente realizado.
Para Zezinho de Tracunhaém, a emoção foi tanta que "chega as pernas ficaram tremendo". O ceramista, reconhecido por seus santos de barro que chegam a ter 2 metros, nasceu em Vitória de Santo Antão mas há muito está radicado na Zona da Mata Norte, a 60km da capital. Ele ainda não sabia que havia sido contemplado e terminou recebendo a notícia da reportagem. "Quer dizer que eu ganhei, foi?", perguntou, surpreso e já alegre. "Estou tão feliz porque eu posso ter esse dinheiro nas minhas mãos e servir o meu governo", emendou, em conversa por telefone com a reportagem." Já fiz 68 anos, sou artesão desde a idade de 26 anos e fui o primeiro de Tracunhaém. Já fiz mais de 40 exposições e meus quatro filhos - Josenildo, José Carlos, Carlos e Cláudio - trabalham comigo. Agora vou continuar produzindo e servir, se quiserem que eu vá dar aula em Gravatá, em Surubim ou no Sertão, estou pronto", pontuou, ciente de que como patrimônio vivo sua função é disseminar sua tradição e seus saberes.

Fonte: Diário de Pernambuco.
Colaboração: Marcus Prado.

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