Escolas da rede estadual vitoriense sem prazo de conclusão das obras

As aulas nas escolas do Estado começarão em um mês, no dia 11 de fevereiro. Além do desafio de atrair novos alunos, o Governo terá que melhorar o desempenho daqueles que já estudam na rede. Os indicadores educacionais de Pernambuco são péssimos. De cada cem estudantes do ensino fundamental, 28 abandonaram a escola em 2006, enquanto no ensino médio foram 23, segundo dados repassados pela Secretaria de Educação, a partir do Censo Escolar realizado pelo Ministério da Educação. O percentual de reprovação foi de 17,26% da 5ª à 8ª série e 8,63% no ensino médio. Chama a atenção o alto índice de distorção idade-série (quem está estudando na série diferente daquela adequada para sua faixa etária): 48,13% no ensino fundamental (5ª à 8ª) e 69,76% no ensino médio.
Mas fica difícil cobrar qualidade no ensino e sobretudo, aprendizado, quando se observa as condições em que os estudantes da Escola Estadual José Joaquim da Silva Filho (Polivalente), localizada em Vitória de Sto Antão (por trás do Banco Bradesco) assistem às aulas. Desde abril do ano passado, as atividades foram transferidas para um prédio em que antes funcionava um bingo. A mudança aconteceu para que o colégio fosse reformado. As salas são divididas por tapumes de madeira. Como as obras ainda não terminaram, os estudantes terão que começar o novo ano letivo no mesmo espaço improvisado. Apenas em outubro, de acordo com a Secretaria de Educação, o prédio ficará pronto.
Para os alunos da Escola Senador João Cleofas de Oliveira, também em Vitória, a espera será ainda maior. O colégio começou a ser reformado no final do ano passado. Em todo o Estado, conforme a secretaria, 409 colégios iniciarão o ano letivo em reforma ou com obras sendo executadas. Como nenhum prédio foi encontrado para ser alugado em Vitória, o jeito foi transformar a quadra em salas de aula. Em vez de aulas de educação física e jogos de futebol, o lugar abrigará bancas, mesas e quadros. Divisórias de gesso vão demarcar o espaço. Provisoriamente (se é que a palavra pode ser empregada nesse caso), os estudantes terão aula no local até janeiro do próximo ano. “É um absurdo. Como sempre, quem se prejudica somos nós”, lamenta o estudante José Edson da Silva, 21, aluno de uma turma de Educação de Jovens e Adultos.
Reportagem: Lissandro Nascimento.
Fonte: JC on line.

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