Dois policiais rodoviários federais são detidos suspeitos de extorsão


Um emprego federal, com jornada de trabalho de 40 horas por semana e salários que chegam a R$ 10 mil. Tudo isso não foi suficiente para impedir que dois policiais rodoviários federais cobrassem propina de um caminhoneiro, nesta segunda-feira (14). De acordo com a polícia, ele teria exigido R$ 50 do motoristas para não apreender o veículo que apresentava pequenas irregularidades.
Os patrulheiros Carlos Henrique da Silva, Gomes, de 43 anos, e Sérgio Pereira de Arruda, de 45 anos, foram presos em flagrante no posto de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, e encaminhados para a sede da Polícia Federal, no Recife. Eles têm cada um mais de 15 anos na Polícia Rodoviária Federal.
A polícia acredita que eles arrecadavam mais de R$ 1 mil por mês com a prática.
Durante os depoimentos, o delegado de plantão não permitiu que fossem feitas imagens dos acusados. Além deles, o motorista que foi vítima de extorsão e policiais da corregedoria da Polícia Rodoviária Federal também prestaram depoimento.
Os policiais vão responder pelo crime de concussão, que é quando um funcionário público utiliza o cargo para obter vantagens ilícitas.
De acordo com o assessor de comunicação da Polícia Federal, a pena para o crime varia de dois a oito anos de prisão. "Esse crime tem pena bastante pesada e é inafiançável."
A Polícia Rodoviária Federal informou também que abriu um processo administrativo para apurar contra os dois policiais. Os acusados foram encaminhados para o Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel). "Após a conclusão do processo pode ocorrer três decisões. Eles serem advertidos, suspensos ou até mesmo demitidos”, explica o assessor de comunicação da PRF, Eder Rommel.



Fonte: pe360graus

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