Técnica promete revolucionar construção de casas


Uma novidade pode revolucionar o jeito de construir casas e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente. A ideia é usar tijolos feitos com o lodo que é gerado nas estações de tratamento de água. O projeto está em fase de testes, pelos técnicos da Compesa, e foi apresentado, nesta segunda-feira (21), no maior evento de saneamento básico da América Latina, no Centro de Convenções, em Olinda.
Os tijolos estão expostos no estande da Compesa, na feira que reúne técnicos e pesquisadores em saneamento. A tecnologia se destaca não pelo produto em si, mas pelo material utilizado na fabricação. Os tijolos são feitos com uma mistura de massa cerâmica e lodo. O mesmo lodo que fica acumulado nas estações de tratamento, depois do processo de purificação da água.
“Hoje nós continuamos guardando esse lodo, armazenando nas nossas estações, mas vai chegar um tempo em que nós precisaremos dar um destino para ele. Porque o volume seria tão grande que nós não teríamos mais onde botar esse lodo. Então, esse trabalho desenvolvido pelos nossos técnicos é um trabalho que aponta para uma solução muito interessante e ecologicamente correta. Ela estamos apresentando aqui no congresso para ouvir a crítica dos especialistas do setor”, explica João Bosco, presidente da Compesa.
O projeto ainda está em fase de testes, mas os primeiros resultados em laboratório foram positivos. “A gente enviou esses resultados para a CPRH, que é a Agência Estadual de Meio Ambiente, e ela foi favorável a essa utilização e solicitou também que a gente fizesse em escala real, afirma Cláudia Ribeiro, gerente de Inovação Tecnológica da Compesa.
A segunda etapa será de produção industrial. Os técnicos vão desenvolver oito mil tijolos em tamanho real que vão passar por testes de resistência e durabilidade. Mas os pesquisadores ainda terão dois anos de trabalho pela frente até concluir o projeto.
“Se conseguirmos realmente fazer com que a indústria cerâmica utilize 15% do lodo em sua produção, eles vão deixar de extrair 15% da jazida. Vai ganhar a Compesa, a indústria cerâmica e o meio ambiente”, garante Juliana Karla Da Silva, técnica da Compesa.


Fonte: pe360graus

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