Primeiras doses da vacina contra gripe suína devem distribuídas ainda este mês, prevê OMS

As primeiras doses da vacina para a influenza A (H1N1) - gripe suína deverão estar disponíveis para os governos dos países do mundo inteiro em setembro, confirmou ontem (4) a diretora da Iniciativa para Pesquisa de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS), Marie-Paule Kieny. “Nenhum país terá vacina suficiente para toda a população desde o primeiro dia em que ela estiver disponível. Por isso, os países terão que escolher o que priorizar”, afirmou.
Segundo Marie-Paule, a estratégia de cada país vai depender dos objetivos de sua política para o tratamento e da disponibilidade de vacina. Os países poderão, por exemplo, tentar reduzir a mortalidade em grupos específicos, como as grávidas. A OMS recomenda que trabalhadores da área da saúde sejam os primeiros para permitir que eles cuidem dos outros pacientes. As vacinas não serão disponibilizadas no mercado privado.
A indústria vai utilizar preços diferenciados. Países de alta renda poderão pagar entre US$ 10 e 20 por dose (números estimados), enquanto os países de renda média podem pagar cerca de metade desse valor.
A população não se deve deixar "hipnotizar" pela vacinas, segundo a diretora da OMS. Há outras medidas, como a higiene pessoal e evitar aglomerações. “Estamos falando de uma doença da qual a maior parte das pessoas se recupera bem."
A OMS está trabalhando para garantir vacinas aos países em desenvolvimento, de acordo com Marie-Paule. Para tanto, negociou doações com fabricantes (foram anunciadas doações de 100 milhões de doses pelo laboratório Sanofi-Aventis e de 50 milhões pelo GlaxoSmithKline). A OMS também está em tratativas com os fabricantes para que eles reservem parte de sua produção para ela, a preços reduzidos, e tem auxiliado laboratórios de países em desenvolvimento na produção da vacina.
O último balanço divulgado pela OMS mostra que a doença já atingiu 254.206 pessoas no mundo e causou a morte de 22.837. No Brasil, a gripe causou 657 mortes. A taxa de mortalidade no país é a sexta maior do mundo - 0,34 a cada 100.000 habitantes -, segundo o Ministério da Saúde.


Fonte: Agência Brasil

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