MORADORES resistiram inicialmente, mas depois saída do local pacificamente
Uma ação conjunta da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) e a Polícia Militar promoveu a reintegração de posse de 458 casas do conjunto habitacional Loteamento Conceição, em Vitória de Santo Antão, Mata Sul do Estado, na manhã de ontem. Em outras palavras, 458 famílias que ocupavam o local desde dezembro de 2008 foram expulsas em obediência a uma liminar judicial conquistada pelo Governo. No início da retirada, houve resistência dos moradores, mas o trabalho seguiu pacificamente, sob o monitoramento de 230 policiais. A tristeza era visível no rosto de quem partia e deixava para trás o sonho da casa própria. “Terei que ir para um assentamento sem-terra em Glória do Goitá. É muita humilhação”, disse a desempregada Eliete Ribeiro, de 46 anos, enquanto carregava os móveis para fora da casa em que vivia desde fevereiro deste ano com mais cinco parentes.
Os imóveis foram construídos pelo programa estadual Minha Casa, em parceria com o Ministério da Integração Social, para abrigar as famílias que perderam suas moradias durante enchentes ocorridas em 2005 na região. As obras do conjunto iniciaram em maio de 2006. Em dezembro do ano passado, a construção das casas foi concluída, mas o projeto de energia, saneamento, pavimentação e iluminação pública não havia terminado quando a área foi ocupada. Além de vítimas da enchente cadastradas no programa, pessoas até de outros estados, como Paraíba e Rio Grande do Norte, invadiram as casas.
Na época, a Cehab entrou com processo na Justiça e, em janeiro deste ano, obteve liminar de reintegração. “Tentamos negociar com os moradores através de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que previa a saída das famílias em maio, o qual não foi cumprindo. Então, tivemos que despeja-las”, explicou o coordenador técnico da Cehab, Almeida Júnior. Segundo o coordenador, na noite de quarta-feira, 150 famílias já haviam se retirado do local.
Três plenárias foram realizadas antes da desocupação, que se iniciou por volta das 7h30. A população ainda tentou resistir ateando fogo em pneus e montando uma barricada na entrada do Loteamento, mas os bombeiros reprimiram o ato. Cerca de 40 caminhões com 160 ajudantes realizaram as mudanças dos moradores para outros bairros de Vitória. As pessoas que informaram não ter outro destino para ir foram encaminhados a dois centros municipais nos bairros de Redenção e Mavés. “Minha vida estava tão certa aqui. Não quero ir para abrigo”, disse com lágrimas nos olhos a desempregada Givanilda Lima, 33, que mora com os três filhos e o marido no Loteamento, desde fevereiro.
Também conhecido com Emergencial I, o Loteamento Conceição deverá ser entregue às famílias cadastradas na enchente após as obras de recuperação, orçadas em R$ 1,2 milhão, previstas para serem concluídas dentro de 90 dias, conforme informou o coordenador. Um serviço de vigilância particular com 24 homens ficará no local para evitar novas ocupações durante as obras de recuperação do conjunto. O Emergencial II, também voltado às vítimas do acidente, terá 142 moradias. Nesse local, a Cehab precisará demolir quatro ocupações irregulares. Segundo o coordenador, o início dos trabalhos no local está previsto para este ano ainda. O projeto de lei para doação de um terreno onde será construído um terceiro conjunto habitacional com 350 casas, voltado ao restante das pessoas desalojadas na ação de ontem, aguarda votação na câmara municipal.
Os imóveis foram construídos pelo programa estadual Minha Casa, em parceria com o Ministério da Integração Social, para abrigar as famílias que perderam suas moradias durante enchentes ocorridas em 2005 na região. As obras do conjunto iniciaram em maio de 2006. Em dezembro do ano passado, a construção das casas foi concluída, mas o projeto de energia, saneamento, pavimentação e iluminação pública não havia terminado quando a área foi ocupada. Além de vítimas da enchente cadastradas no programa, pessoas até de outros estados, como Paraíba e Rio Grande do Norte, invadiram as casas.
Na época, a Cehab entrou com processo na Justiça e, em janeiro deste ano, obteve liminar de reintegração. “Tentamos negociar com os moradores através de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que previa a saída das famílias em maio, o qual não foi cumprindo. Então, tivemos que despeja-las”, explicou o coordenador técnico da Cehab, Almeida Júnior. Segundo o coordenador, na noite de quarta-feira, 150 famílias já haviam se retirado do local.
Três plenárias foram realizadas antes da desocupação, que se iniciou por volta das 7h30. A população ainda tentou resistir ateando fogo em pneus e montando uma barricada na entrada do Loteamento, mas os bombeiros reprimiram o ato. Cerca de 40 caminhões com 160 ajudantes realizaram as mudanças dos moradores para outros bairros de Vitória. As pessoas que informaram não ter outro destino para ir foram encaminhados a dois centros municipais nos bairros de Redenção e Mavés. “Minha vida estava tão certa aqui. Não quero ir para abrigo”, disse com lágrimas nos olhos a desempregada Givanilda Lima, 33, que mora com os três filhos e o marido no Loteamento, desde fevereiro.
Também conhecido com Emergencial I, o Loteamento Conceição deverá ser entregue às famílias cadastradas na enchente após as obras de recuperação, orçadas em R$ 1,2 milhão, previstas para serem concluídas dentro de 90 dias, conforme informou o coordenador. Um serviço de vigilância particular com 24 homens ficará no local para evitar novas ocupações durante as obras de recuperação do conjunto. O Emergencial II, também voltado às vítimas do acidente, terá 142 moradias. Nesse local, a Cehab precisará demolir quatro ocupações irregulares. Segundo o coordenador, o início dos trabalhos no local está previsto para este ano ainda. O projeto de lei para doação de um terreno onde será construído um terceiro conjunto habitacional com 350 casas, voltado ao restante das pessoas desalojadas na ação de ontem, aguarda votação na câmara municipal.
Fonte: FolhaPE
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