As empresas produtoras de leite apontadas como irregulares por um teste divulgado na manhã desta quinta (14) pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) defenderam-se, durante a tarde em notas oficiais. Foram 14 marcas submetidas aos testes e, destas, 10 foram reprovadas. Os fabricantes do leite Betânia informaram que os problemas acusados eram referentes à embalagem e já foram corrigidos. A empresa aguarda apenas a impressão para lançar o produto no mercado. As empresas responsáveis pelos leites Manacá, Boa Vida e Valedourado contestaram a pesquisa e solicitaram contra prova. O diretor desta última, aliás, garantiu que o lote que passou pela prova já está fora de circulação desde o dia 10 de fevereiro.
A fábrica do leite Parmalat e do leite Glória constestou e discordou do que disse a Vigilância Sanitária. Segundo a empresa, este tipo de informação só traz desconfiança do consumidor e prejuízo aos empresários. Os leites Lebom e Bom Gosto argumentaram que não foi enviado nenhum comunicado oficial da Agência de Vigilância e que só se defenderão mediante este documento. Ninguém dos leites Elegê e Regina Zero foram encontrados para prestar esclarecimentos.
O TESTE
Depois de analisar a qualidade do leite distribuído no Estado, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) reprovou 10 das 14 marcas pesquisadas. As amostras recolhidas foram analisadas pelo Laboratório Central de Pernambuco (Lacen) desde novembro de 2007.
Vários dos leites reprovados apresentaram alcalinidade acima dos níveis permitidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Agricultura. Um dos fabricantes, a Betânia, possuía inadequações no rótulo, como ausência de informação sobre teor calórico.
“A intenção é prestar um serviço à sociedade. Nos últimos meses descobrimos as fraudes no leite pelo Sul do País. Então queremos evitar e orientar a população quais marcas não estão cumprindo com as exigências estabelecidas pela Anvisa”, disse o gerente da Apevisa, Jaime Brito. Após testes de alcalinidade das cinzas, realizados com o auxílio de uma estufa para altas temperaturas, que transforma o leite em cinzas, verificou-se que três lotes da marca Parmalat, dois da Vale Dourado, e um das empresas Bom Gosto, Regina, Lebom, Glória, Marajoara e Boa Vista foram reprovados. As marcas Elegê e Manacá tiveram, ambas, uma amostra aprovada e outra reprovada. Essas marcas apresentaram alcalinidade acima da permitida pela portaria 370 do Ministério da Agricultura.
De acordo com a portaria, o padrão permitido para o leite é de 0,015 a 0,030% de Na2CO3 (carbonato de sódio), enquanto foram encontrados valores superiores, variando de 0,040% a 0,120% (valor quatro vezes acima do permitido), como foi o caso dos leites Parmalat e Boa Vista. As únicas amostras aprovadas foram do leite Elegê e Manacá (ambas, uma coleta foi reprovada e outra, aprovada), Total e Batavo. A empresa Betânia passou no teste de alcalinidade das cinzas, mas não na rotulagem do produto, porque o leite não trazia a tabela calórica. Todos os produtos foram recolhidos na Região Metropolitana, especificamente no comércio de Recife e Olinda.
Brito informou que a “alcalinidade acima do permitido indica que os fabricantes utilizaram excesso de substâncias básicas para simular as boas práticas de produção, coleta e processamento do leite”. Ele avisou ainda não pode afirmar quais teriam sido essas substâncias.
Para aumentar o volume do leite, muitos fabricantes podem ter utilizado água ou o soro do leite na composição do produto. Para matar as bactérias e baixar o PH, é colocado peróxido de hidrogênio (água oxigenada). Outra forma usada pelos produtores para atingir os níveis de PH exigidos pelos órgãos reguladores é pôr uma substância básica, com o objetivo de aumentar a alcalinidade.
O resultado das análises já foi comunicado ao Ministério Público, para que sejam tomadas as medidas cabíveis. A Apevisa informou também que as empresas produtoras já foram notificadas e a elas é dada a chance da contraprova para que o laudo seja definitivo. A contraprova será realizada no Lacen, na presença de um perito indicado pelos fabricantes.
Confira o resultado das amostras:
Marca Resultado Parâmetro / Valor 01
Parmalat INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,079%) 02
Vale Dourado INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,0795%)03
Elege INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,040%)04
Bom Gosto INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,053%)05
Total SATISFATÓRIO 07
Batavo SATISFATÓRIO 08
Betânia INSATISFATÓRIO Rotulagem 09
Manacá INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,050%) 10
Lebom INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,079%)11
Glória INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,060%)12
Marajoara INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,060%)13
Boa Vida INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,120%)14
Parmalat INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,120%)15
Regina (Zero) INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (1,04%)16
Parmalat INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,037%)17
Glória INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,04%) 18
Lebom INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,082%)19
Vale Dourado INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,079%)20
Manacá SATISFATÓRIO
A fábrica do leite Parmalat e do leite Glória constestou e discordou do que disse a Vigilância Sanitária. Segundo a empresa, este tipo de informação só traz desconfiança do consumidor e prejuízo aos empresários. Os leites Lebom e Bom Gosto argumentaram que não foi enviado nenhum comunicado oficial da Agência de Vigilância e que só se defenderão mediante este documento. Ninguém dos leites Elegê e Regina Zero foram encontrados para prestar esclarecimentos.
O TESTE
Depois de analisar a qualidade do leite distribuído no Estado, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) reprovou 10 das 14 marcas pesquisadas. As amostras recolhidas foram analisadas pelo Laboratório Central de Pernambuco (Lacen) desde novembro de 2007.
Vários dos leites reprovados apresentaram alcalinidade acima dos níveis permitidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Agricultura. Um dos fabricantes, a Betânia, possuía inadequações no rótulo, como ausência de informação sobre teor calórico.
“A intenção é prestar um serviço à sociedade. Nos últimos meses descobrimos as fraudes no leite pelo Sul do País. Então queremos evitar e orientar a população quais marcas não estão cumprindo com as exigências estabelecidas pela Anvisa”, disse o gerente da Apevisa, Jaime Brito. Após testes de alcalinidade das cinzas, realizados com o auxílio de uma estufa para altas temperaturas, que transforma o leite em cinzas, verificou-se que três lotes da marca Parmalat, dois da Vale Dourado, e um das empresas Bom Gosto, Regina, Lebom, Glória, Marajoara e Boa Vista foram reprovados. As marcas Elegê e Manacá tiveram, ambas, uma amostra aprovada e outra reprovada. Essas marcas apresentaram alcalinidade acima da permitida pela portaria 370 do Ministério da Agricultura.
De acordo com a portaria, o padrão permitido para o leite é de 0,015 a 0,030% de Na2CO3 (carbonato de sódio), enquanto foram encontrados valores superiores, variando de 0,040% a 0,120% (valor quatro vezes acima do permitido), como foi o caso dos leites Parmalat e Boa Vista. As únicas amostras aprovadas foram do leite Elegê e Manacá (ambas, uma coleta foi reprovada e outra, aprovada), Total e Batavo. A empresa Betânia passou no teste de alcalinidade das cinzas, mas não na rotulagem do produto, porque o leite não trazia a tabela calórica. Todos os produtos foram recolhidos na Região Metropolitana, especificamente no comércio de Recife e Olinda.
Brito informou que a “alcalinidade acima do permitido indica que os fabricantes utilizaram excesso de substâncias básicas para simular as boas práticas de produção, coleta e processamento do leite”. Ele avisou ainda não pode afirmar quais teriam sido essas substâncias.
Para aumentar o volume do leite, muitos fabricantes podem ter utilizado água ou o soro do leite na composição do produto. Para matar as bactérias e baixar o PH, é colocado peróxido de hidrogênio (água oxigenada). Outra forma usada pelos produtores para atingir os níveis de PH exigidos pelos órgãos reguladores é pôr uma substância básica, com o objetivo de aumentar a alcalinidade.
O resultado das análises já foi comunicado ao Ministério Público, para que sejam tomadas as medidas cabíveis. A Apevisa informou também que as empresas produtoras já foram notificadas e a elas é dada a chance da contraprova para que o laudo seja definitivo. A contraprova será realizada no Lacen, na presença de um perito indicado pelos fabricantes.
Confira o resultado das amostras:
Marca Resultado Parâmetro / Valor 01
Parmalat INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,079%) 02
Vale Dourado INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,0795%)03
Elege INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,040%)04
Bom Gosto INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,053%)05
Total SATISFATÓRIO 07
Batavo SATISFATÓRIO 08
Betânia INSATISFATÓRIO Rotulagem 09
Manacá INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,050%) 10
Lebom INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,079%)11
Glória INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,060%)12
Marajoara INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,060%)13
Boa Vida INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,120%)14
Parmalat INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,120%)15
Regina (Zero) INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (1,04%)16
Parmalat INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,037%)17
Glória INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,04%) 18
Lebom INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,082%)19
Vale Dourado INSATISFATÓRIO Alcalinidade das Cinzas (0,079%)20
Manacá SATISFATÓRIO
Reportagem: Alexandre Rogério.
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