Chega-me a notícia,absolutamente verdadeira, de que a tapeçaria de Burle Marx, existente no Palácio da Alvorada, em Brasilia, não está sendo devidamente cuidada.
Numa das salas, quando enche de convidados ou nas reuniões abertas ao público de toda espécie, o belo conjunto de arte é atingido por inteiro pela gente que parece não ser digna desse patrimônio artístico. Serve mais de encosto do que de admiração e respeito.
Em Porto Alegre, o prefeito mandou destruir uma praça projetada por Burle Marx e, no local , instalou um estacionamento de ônibus (!!!!!!) . Mais uma vergonha e um atentado praticado contra o legado do grande brasileiro e paisasgista mundialmente admirado e respeitado.
JOÃO PESSOA SABE PRESERVAR
Para quem visita João Pessoa, tão importante como ir à praia é visitar o centro da cidade, até porque o “nascimento” do lugar não se deu à beira do mar, mas às margens do rio Paraíba. Por ser a terceira mais antiga do País, a capital paraibana possui uma grande beleza histórica para mostrar. E o melhor: muitos prédios estão preservados no centro histórico, cujo roteiro reúne, entre os principais destaques, igrejas, teatro, praças e hotel.
O passeio ao Centro pode começar pela Lagoa dos Irerês, um dos principais cartões-postais de João Pessoa e protegido Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba. A lagoa, que fazia parte de um sítio de jesuítas, ganhou esse nome no início do século XX, mas na década de 1920 foi transformada em parque público e recebeu o nome Parque Solon de Lucena para homenagear o governador da época. Além dos cuidados com o local, a imponência das palmeiras imperiais e as árvores típicas da Mata Atlântica - idéia do paisagista Burle Marx - deixam o parque ainda mais aconchegante.
RECIFE PRECISA CUIDAR MAIS DA OBRA DE BURLE MARX
Salvo o interesse do CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA pelo centenário de BM, (que partiu dos conselheiros Marcus Prado e Marcus Accioly, realizando eventos desde 2008) e de um grupo ligado a pesquisadores acadêmicos da obra do artista ( a destacar, entre outros, a professora Ana Rita Sá Carneiro), a obra de Burle Marx - de imponente beleza - não está sendo devidamente cuidada. Quem passa pela Praça Euclydes da Cunha ( que tem uma história belissima feita pelo famoso paisagista de origem pernambucana) vai se decepcionar com o poder público, na passagem este ano de centenário do genial artista.
O mesmo está acontecendo com a Praça de Casa Forte, projetada por BM e que aparece com destaque em todos os escritoos biográficos do paisagista. As livrarias locais estão, ao que parece, ignorando a importância desse centenário, que está sendo comemorado ( muito pouco) no Brasil e com grande relevo em outros países, a ressaltar a bela mostra de suas obras atualmente em Nova York.
Os jornais de PE não realizaram pautas, até hoje, sobre o evento, salvo o interesse do jornalista José de Souza Alencar (Alex), do Jornal do Commercio e da Rede Globo/NE-GloboNews.
Espero, como pernambucano, que manifestem seu interesse jornalístico, no ano de BM, sobre esse genial artista, filho de uma pernambucana, e que, no Recife, deu início a projetos de paisagismo pioneiros na sua arte de valorização da flora brasileira.
Cordialmente,
Marcus Prado
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