Eduardo faz alerta a Lula

O governador Eduardo Campos (PSB) em encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ontem, alertou o aliado. Falando em nome dos governadores nordestinos, o socialista afirmou que se a União conceder nova isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para setores da economia criará um “problema político” com os Estados, em decorrência das perdas de arrecadação. Eduardo, que tem atuado como interlocutor dos gestores junto ao presidente, voltou a lembrar a perda de recursos. “Nós temos compreensão (das limitações do Governo por causa da crise), mas já perdemos muito”, disse o governador, antes de reunir-se com Lula, em Brasília.
Para justificar a cobrança, Eduardo ressaltou a situação de Pernambuco. Nos três primeiros meses de 2009, o Estado perdeu R$ 90 milhões do que tinha se programado para gastar do Fundo de Participação dos Estados. “Nós (os Estados) já ajudamos, com essa renúncia fiscal do FPE, a industria automobilística, que está em São Paulo, a indústria de moto, que está na Zona Franca de Manaus. Eu acho que é preciso dar a isenção, mas não mais nos mecanismos da base compartilhada (de onde se originam os repasses do FPE)”, disparou.
Para Eduardo Campos, o caminho a ser seguido deve ser construído com “bom senso”. Ele, inclusive, já externou a sua posição ao presidente e à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). “Já falei com ela em Montes Claros. Dei um toque, falei um pouco disso com o presidente quando ele esteve em Pernambuco”, lembrou o socialista.
Antes de reunir-se com Eduardo, Lula disse que os recursos para ajudar as prefeituras, na ordem de R$ 1 bilhão, estão garantidos. De acordo com o petista, o repasse é “sagrado”. “Na pior das hipóteses, os municípios vão receber o mesmo que receberam no ano passado, que foi um ano muito bom”, destacou Lula.

CIRO
Questionado por uma repórter se o PSB trata o deputado federal Ciro Gomes (CE) como candidato a presidente, Eduardo Campos deu o aval para o correligionário tentar viabilizar-se na disputa. “O PSB trata ele como um grande filiado, que tem todas as condições de ser candidato, como já foi. E que tem uma posição clara nas pesquisas. Ele tem a confiança do nosso partido, e tem cumprido seu papel de andar pelo País e colocar suas ideias”, sublinhou Eduardo, que avisou que só discutirá o assunto na base governista no “momento adequado”.

Fonte: Agência Estado

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