Policiais Civis suspendem ações no DHPP hoje

O calendário de paralisações do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) prevê para esta sexta-feira (24) uma manifestação no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Imbiribeira, Zona Sul do Recife. Apenas o serviço de registro de homicídios continuará sendo feito pela Força-Tarefa. As diligências, depoimentos e instaurações de inquéritos só serão retomados na próxima segunda-feira. Ontem, o Sinpol mobilizou os servidores do Instituto Tavares Buril (ITB), que não atenderam o público nem realizaram trabalhos de rotina.

Ainda ontem, em entrevista à Rádio Jornal, o governador Eduardo Campos reagiu. Disse que pretende dialogar com a categoria, mas com quem tiver interesse em conversrar. “Quem não quiser trabalhar, terá que entrar nos eixos.”
Segundo o presidente do Sinpol, Cláudio Marinho, com a mobilização do ITB deixaram de ser expedidas ontem cerca de três mil carteiras de identidade, 800 certidões de antecedentes criminais e 120 perícias neonatais. No ITB, a adesão foi de 100%.
A princípio, os manifestantes iriam suspender o atendimento também no Instituto de Medicina Legal, mas não houve comunicado com antecedência e as perícias traumatológicas, sexológicas e tanatoscópicas transcorreram normalmente.
“Temos uma série de pontos que precisam ser discutidos com o governo do Estado. O principal é o plano de cargos, carreiras e vencimentos”, afirmou Marinho.
O sindicalista frisou que um agente de polícia com 30 anos de carreira recebe hoje menos da metade de um delegado iniciante. “Queremos discutir também o desvio de função dos agentes que estão nas ruas fazendo policiamento ostensivo e não trabalhando na investigação de crimes”, destacou Marinho.
Além da pauta do Sinpol, os servidores do ITB fizeram uma solicitação específica durante a manifestação da manhã de ontem. Eles redigiram um abaixo-assinado pedindo a saída da assessora do gestor do ITB, Tânia Maciel Ribeiro. Os funcionários do instituto não concordam com a inclusão da perita federal na diretoria do Tavares Buril.
A pauta de reivindicações do Sinpol destaca ainda a garantia ao servidor policial civil, no ato de sua solicitação de aposentadoria, de não serem removidos de seu local de trabalho até a consumação do ato, preenchimento de todos os cargos vagos existentes na corporação, equipamentos de proteção individual para todos os policiais civis e criação e instalação do banco de DNA, no Instituto de Criminalística.
A Secretaria Estadual de Administração informou que a Lei Complementar nº 137, de 31 de dezembro de 2008, que institui o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos da Polícia Civil, prevê um prazo de 180 dias para a discussão da estrutura remuneratória da categoria. Portanto, ainda restam mais de dois meses para a negociação ser concluída.
Com relação ao reajuste dos servidores públicos, a Secretaria de Administração atestou que a negociação é permanente e a próxima rodada está marcada para o dia 8 de maio.

Fonte: JC Online

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