“Mas nós orientamos esses estabelecimentos sobre todos os índices existentes: inflação do período, INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor ], ICV [Índice do Custo de Vida] , IGP-M [Índice Geral de Preços de Mercado ]. Lembramos às escolas que as tarifas de luz, telefonia e aluguéis são indexadas pelo IGP-M e esse índice foi de 15% em julho e de 13% em agosto. Ou seja, está mais de 100% acima da inflação, [cuja meta traçada pelo governo é de 6,5%, no máximo]” , alerta.
De 2007 para 2008, o aumento no valor das mensalidades em estabelecimentos particulares de ensino foi de 8%. Segundo Lourenço, esse crescimento de 2% no reajuste se deve à inflação registrada esse ano e às turbulências dos mercados econômicos. Como as escolas só podem ajustar o valor das mensalidades uma vez ao ano, é preciso prever os gastos do ano seguinte.
“Costumo dizer que cada diretor precisa ter uma bola de cristal em cima da mesa e fazer previsões para 2009. Infelizmente a inflação desse ano foi muito maior do que a do ano passado e todas as escolas precisam levar isso em conta. O futuro da nossa economia é uma incógnita, mas o aumento da inflação é uma tendência”, prevê.
Além da oscilição dos mercados e outros fatores econômicos, as escolas incluem em seus cálculos os custos com novos equipamentos pedagógicos e a folha de pagamento de professores, corpo técnico e administrativo. As regras são as mesmas para as instituições privadas de ensino superior, que nessa caso renovam o contrato não uma vez ao ano, mas por semestre.
As escolas e faculdades particulares precisam apresentar os novos valores até 45 dias antes do início das aulas. Lourenço frisa que nenhum estabelecimento pode aumentar os valores no ano corrente. “O pai precisa saber esses valores antes de fazer a matrícula. Conhecer a escola, conversar com os diretores, coordenadores e ver se o valor das parcelas cabe no seu orçamento”, recomenda.
Da Agência Brasil
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