"Se houvesse respeito, não seria preciso criar vagas"
Na cidade pernambucana onde nasceu, Salgueiro, o cidadão Aires de Sá Carvalho conheceu o preconceito. Teve paralisia infantil e ficou sem andar. Hoje, só caminha porque teve a chance de se tratar na capital, diz ele. Depois disso, quando se elegeu vereador, teve que subir e descer morro usando muletas. Talvez não se possa falar que ele está legislando somente em causa própria, como deputado. O Projeto de Lei 810/2008, de autoria dele, livraria outras pessoas com deficiências do constrangimento de não poder ir e vir, um direito universal.
A Assembléia Legislativa, chamada a casa do povo e onde o senhor trabalha, é acessível?
Cheguei na Assembléia no ano passado. Meus três primeiros projetos foram justamente para criar na casa conteúdos em braile, contratar intérpretes e construir rampas. De todas essas medidas, somente a última coisa vem sendo realizada.
Por que esse contra-senso?
Eu sou deficiente físico. Tive paralisia infantil. Fiquei muito tempo sem andar. Sofri muito com preconceitos. Então, percebo que o problema é justamente esse, a falta de conhecimento das diferenças. E, além disso, falta também sensilidade.
Onde mais o senhor encontra esse preconceito e essa falta de sensibilidade?
Há os problemas físicos, que são, por exemplo, as rampas de acesso e os elevadores nos ônibus de transporte público. Isso está nos bancos, hospitais, prédios públicos em geral e até em igrejas. E em quase todos esses lugares, há também os problemas pessoais, o preconceito social. Muitas vezes, por exemplo, um cadeirante não tem acesso a uma mesa fácilporque já está ocupada por uma pessoa que não tem necessidade especial e não se sensibiliza com o outro. Se a socidade respeitasse, não seria necessário criar vagas ou reservas.
Por que a lei não serviria as restaurantes, lanchonetes e cafés instalados dentro dos shoppings?
Porque, nesses lugares, há os garçons e gerentes para colocar o deficiente ou a pessoa com dificuldade de locomoção em mesas acessíveis.
Fonte: Entrevista consedida ao DP
Na cidade pernambucana onde nasceu, Salgueiro, o cidadão Aires de Sá Carvalho conheceu o preconceito. Teve paralisia infantil e ficou sem andar. Hoje, só caminha porque teve a chance de se tratar na capital, diz ele. Depois disso, quando se elegeu vereador, teve que subir e descer morro usando muletas. Talvez não se possa falar que ele está legislando somente em causa própria, como deputado. O Projeto de Lei 810/2008, de autoria dele, livraria outras pessoas com deficiências do constrangimento de não poder ir e vir, um direito universal.
A Assembléia Legislativa, chamada a casa do povo e onde o senhor trabalha, é acessível?
Cheguei na Assembléia no ano passado. Meus três primeiros projetos foram justamente para criar na casa conteúdos em braile, contratar intérpretes e construir rampas. De todas essas medidas, somente a última coisa vem sendo realizada.
Por que esse contra-senso?
Eu sou deficiente físico. Tive paralisia infantil. Fiquei muito tempo sem andar. Sofri muito com preconceitos. Então, percebo que o problema é justamente esse, a falta de conhecimento das diferenças. E, além disso, falta também sensilidade.
Onde mais o senhor encontra esse preconceito e essa falta de sensibilidade?
Há os problemas físicos, que são, por exemplo, as rampas de acesso e os elevadores nos ônibus de transporte público. Isso está nos bancos, hospitais, prédios públicos em geral e até em igrejas. E em quase todos esses lugares, há também os problemas pessoais, o preconceito social. Muitas vezes, por exemplo, um cadeirante não tem acesso a uma mesa fácilporque já está ocupada por uma pessoa que não tem necessidade especial e não se sensibiliza com o outro. Se a socidade respeitasse, não seria necessário criar vagas ou reservas.
Por que a lei não serviria as restaurantes, lanchonetes e cafés instalados dentro dos shoppings?
Porque, nesses lugares, há os garçons e gerentes para colocar o deficiente ou a pessoa com dificuldade de locomoção em mesas acessíveis.
Fonte: Entrevista consedida ao DP
0 comentários:
Postar um comentário
Aproveite este espaço com responsabilidade e exerça seu papel de cidadão .