Fusão não deve prejudicar funcionários em Pernambuco

A fusão das operações do Itaú e do Unibanco, segundo e terceiro maiores bancos do Brasil, anunciada na manhã de hoje, não deve causar prejuízos aos trabalhadores das duas empresas em Pernambuco. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários, Marlos Guedes, a tendência é que os quadros de funcionários dos dois bancos sejam mantidos no estado.

“Neste momento, não existe inquietação. A questão foi anunciada hoje e vamos aguardar quais os desdobramentos estratégicos. Com a fusão, a rede vai ser mantida e não tem impacto na redução de empregos”, tranqüilizou Guedes. Em Pernambuco, existem 27 agências do Unibanco, sendo três no interior e o restante na Região Metropolitana do Recife (RMR), que empregam cerca de 700 funcionários. Já o Itaú possui cinco agências no interior e 33 na RMR, totalizando cerca de 500 empregados.

O presidente do sindicato explicou que, na maioria dos casos de fusão, os empregados mais prejudicados com enxugamento do quadro são os que atuam na área meio. Como as duas empresas têm sede em São Paulo, onde está a maior parte desses trabalhadores, Pernambuco pode ter o número de funcionários mantido. Apesar de o cenário ser positivo para os bancários do estado, entidades sindicais já agendaram reuniões para saber mais informações a respeito do processo de fusão dos dois bancos e, dessa forma, resguardar os direitos dos trabalhadores das duas instituições financeiras.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), em parceria com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), convocou reunião das comissões de empresas dos funcionários do Itaú e do Unibanco para a próxima quinta-feira (6), em São Paulo. “Vamos analisar o problema da fusão, quais as conseqüências e, caso haja redução do número de empregados, apontar uma mobilização nacional para pressionar para que o número de agências e os empregos sejam mantidos”, antecipou Marlos Guedes.

A Contraf também solicitou uma reunião com os dirigentes dos dois bancos para saber como fica a situação dos trabalhadores com a fusão. “Eles anunciaram que vão levar tempo para fundir as empresas na prática, que esse processo não será de uma hora para outra. Nosso objetivo é buscar a negociação com os bancos em relação ao contrato com os trabalhadores, se vão nivelar as remunerações por cima, se haverá um único CNPJ”, afirmou.

Com a fusão, Itaú e Unibanco criam uma das 10 maiores instituições financeiras do mundo, com capacidade para competir no mercado global. A empresa resultante será a Itaú Unibanco Holding, maior banco do Hemisfério Sul, que ultrapassa o Bradesco e o Banco do Brasil em tamanho, até então maiores bancos privado e público do país.

Fonte: Diario de Pernambuco

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