Como se eleger vereador gastando apenas R$ 64,20

Candidato mais votado do município, Babu pagou R$ 0,02 por voto recebido, eleger-se vereador em Paulista é algo barato. As prestações de contas de 12 dos 14 candidatos que conquistaram uma vaga para a próxima legislatura e já aprovadas pela Justiça Eleitoral apontam nesse sentido. Juntos, eles gastaram R$ 75.199,66. A média seria, ao menos por enquanto, de R$ 6.266,63 por candidato. Sinal de que vale a pena aventurar-se, pois a partir de janeiro os parlamentares vão receber salários mensais de R$ 7.200,00. Mas houve quem se elegeu gastando R$ 64,20. É o caso de Wellington Balbino dos Santos, o Babu (PSL). Vale uma ressalva, essa quantia corresponde a despesas bancárias. E o candidato arrecadou R$ 950,00 em espécie. Ao dividirmos o número de eleitores que votaram nele pelos gastos de campanha declarados, cada voto de Babu custou 0,02. O valor não dá para comprar um confeito.
Das 12 contas avaliadas pela Justiça e Ministério Público Eleitoral, algumas mereceram ressalvas. "Do ponto de vista legal, não houve erros graves. Verificou-se apenas os chamados erros formais", explicou o chefe de cartório da 12ª Zona Eleitoral, Jorge Luiz dos Santos.
O próximo passo é a diplomação dos candidatos, prevista para o próximo mês. Entre os que se preparam para a solenidade está Walfrido Manoel do Nascimento Júnior, conhecido como Júnior da Locadora (PTdoB). Ele declarou investimentos de R$ 343,50 na campanha. E obteve 1.583 votos. Cada voto de Júnior da Locadora é estimado em R$ 0,22. A quantia não é suficiente para compar uma paçoca num fiteiro, onde o doce de amendoim costuma ser vendido por R$ 0,30.
Quem mais gastou na campanha de Paulista foi o atual presidente da Câmara, Antonio José Lima Valpassos, o Tonico (PSB). A campanha de reeleição do socialista saiu por R$ 17,5 mil, tendo cada voto sido estimado em R$ 6,55. Os seus maiores gastos foram com placas, estandartes e faixas, orçados em R$ 9.449,53. Tonico destinou R$ 2.215,00 para materiais impressos, uma quantia menor do que os R$ 2.765,00 empregados no mesmo item por GilbertoGonçalves Feitosa Júnior, o Júnior Matuto (PSB). A campanha relativamente mais cara, até agora, foi a de Sílvio Moura (PTdoB), sendo R$ 7,99 por voto conquistado.
A prioridade, completou o chefe do cartório, são as análises das prestações de contas dos candidatos eleitos e dos suplentes da Câmara de Vereadores. E os números dos suplentes têm lá suas curiosidades. Iolanda Maria da Sila, a Irmã Iolanda (PTN), é a segunda suplente na coligação em que disputou. Ela recebeu 1.494 votos, mas assegurou à Justiça Eleitoral que nada gastou na campanha.


Fonte: DP

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