Família de siamesas pede ajuda para cirurgia de separação


A família das gêmeas siamesas nascidas há dez dias no Recife vai lutar para que elas sejam submetidas a uma cirurgia de separação. Segundo a mãe das meninas, a bailarina Larissa Nunes dos Santos, de 21 anos, os médicos do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (Imip), onde as crianças nasceram, afirmaram que não podem fazer a cirurgia, porque a operação levaria à morte de uma delas. A família, porém, acredita que é melhor separá-las, mesmo que uma das meninas tenha que ser sacrificada.

“Com toda a dor do mundo, acreditamos que tendo condições de dar uma vida melhor para uma é melhor do que ter as duas como se fossem dois brinquedos dentro de casa, presos o tempo inteiro”, disse a mãe, que recebeu a reportagem do Diario na casa dela, no bairro do Arruda. Chamadas de Luana e Luiza, as meninas dividem o mesmo intestino e talvez o fígado – os médicos ainda têm dúvidas porque o fígado de uma delas se comunica com o corpo da outra, que tem um fígado atrofiado. As meninas também têm duas pernas unidas.

Como os médicos procurados pela família recomendaram que a cirurgia de separação não fosse feita, a família fez um apelo para que algum especialista estude uma solução para o caso. “Eu espero que alguém se interesse pelo casos delas. Não espero uma resolução de imediato, mas que algum especialista possa fazer um estudo. É uma situação muito complicada”, disse a mãe das crianças. “Temos muito medo do futuro delas. Como elas vão poder ter uma vida social? Freqüentar uma escola vai se muito, muito difícil. É muito fácil a gente achar que os problemas não são nada, quando não se está perto deles”, comentou.

A assessoria de comunicação do Imip afirmou que nenhum médico do hospital vai comentar o caso, por enquanto. Em nota, o hospital divulgou que as crianças nasceram com 3,6kg e ficaram dez dias na Unidade Neonatal, onde foram submetidas a diversos exames para verificar a situação dos órgãos e suas conexões. As crianças receberam alta hoje, mas só devem ir para casa amanhã. Ainda segundo o Imip, uma equipe multidisciplinar médica liderada por especialistas em Neonatologia e Cirurgia Pediátrica continuará acompanhando o caso.


Fonte: DP

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