Amanhã, quando o sol se pôr, a cor celeste voltará a iluminar o Recife. O tom azulado que lembra paz e tranqüilidade também será sinônimo de união. Uma aliança de todos os povos em torno de um objetivo. Encher o mundo de azul e, assim, jogar luz sobre um problema sério, o diabetes, enfermidade que está se tornando a epidemia do século. Já são 246 milhões de doentes no planeta. Cerca de 10 milhões no Brasil. Nesta sexta-feira, Dia Mundial do Diabetes, monumentos de vários países serão iluminados com a cor símbolo da doença. No Recife, as luzes serão ligadas nos prédios da Prefeitura e da Assembléia Legislativa. Será um dia para falar sobre prevenção e tratamento. Conscientizar. E chamar a atenção para um problema preocupante - a incidência da doença em crianças e adolescentes. Grupo que representa cerca de 10% dos casos no país.
A forma mais comum do diabetes na infância, o tipo 1, atinge cerca de 500 mil pessoas no mundo, segundo o International Diabetes Federation (IDF - Federação Internacional do Diabetes). De acordo com a entidade, essa é uma das doenças crônicas mais comuns entre as crianças. Se não detectada precocemente, ela pode ser fatal ou resultar em sérios danos cerebrais. O tipo 1 vem crescendo cerca de 3% ao ano nessa faixa de idade, principalmente na fase pré-escolar, segundo o IDF. Ele é caracterizado por ser auto-imune (com forte componente genético), causando a destruição das células que produzem insulina. Mas uma das grandes preocupações dos especialistas é em relação ao surgimento do diabetes tipo 2 entre crianças e adolescentes, já que essa forma da doença era tida como uma quase exclusiva de adultos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o diabetes tipo 2 vem "crescendo em taxas alarmantes" entre os mais jovens como conseqüência da obesidade, do sedentarismo e dos maus hábitos alimentares.
Para o presidente nacional da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Ruy Lyra, a prevalência do diabetes tipo 2em crianças ainda não representa um quadro extremamente comum, mas vêm crescendo de forma expressiva, principalmente entre os que têm forte histórico familiar da doença. "Mas, isso pode ser prevenido com bons hábitos alimentares e atividade física", disse o especialista. Não à toa, os principais objetivos da campanha são conscientizar a população sobre prevenção e ressaltar a importância do diagnóstico precoce, o que ajudaria a reduzir as chances de complicações sérias e, claro, a salvar vidas. Altas taxas de açúcar no sangue por tempo prolongado podem ocasionar cegueira, insuficiência renal, infecções e até infarto.
Há seis anos, a designer de moda Simone Belo soube que a filha Maria Eduarda Lago tinha diabetes. Uma descoberta difícil. Na época, Eduarda tinha só cinco anos. Os pais começaram a perceber que havia algo errado quando notaram algumas mudanças. Ela começou a fazer xixi à noite com freqüência e a beber muita água, sem contar o seu emagrecimento repentino. Alguns meses antes do diagnóstico, uma picada de muriçoca se transformou em uma ferida de difícil cicatrização o que, para a mãe dela, já era um indício da doença. Maria Eduarda tem diabetes tipo 1.
Depois de cerca de dois anos tomando duas injeções de insulina ao dia, Eduarda hoje usa uma "bomba" acoplada ao corpo que libera o hormônio nos momentos necessários. Mas, mesmo com o aparelhinho e com a necessidade de furar os dedos quatro vezes ao dia para medir a glicemia, Eduarda leva uma vida normal. Estuda na 5ª série, faz balé e joga basquete. Na alimentação, há limites, mas não proibições. Hoje, Simone já sabe que, tomadas as medidas necessárias, o diabetes não é um bicho de sete cabeças. "A notícia da descoberta do diabetes do filho é, no início, muito forte. Mas é preciso ter tranqüilidade e saber que ele vai ter uma vida normal, porém com cuidados", disse. Um sinal de esperança. Como a cor azul que iluminará prédios e vidas em todo o mundo.
Fonte: DP
A forma mais comum do diabetes na infância, o tipo 1, atinge cerca de 500 mil pessoas no mundo, segundo o International Diabetes Federation (IDF - Federação Internacional do Diabetes). De acordo com a entidade, essa é uma das doenças crônicas mais comuns entre as crianças. Se não detectada precocemente, ela pode ser fatal ou resultar em sérios danos cerebrais. O tipo 1 vem crescendo cerca de 3% ao ano nessa faixa de idade, principalmente na fase pré-escolar, segundo o IDF. Ele é caracterizado por ser auto-imune (com forte componente genético), causando a destruição das células que produzem insulina. Mas uma das grandes preocupações dos especialistas é em relação ao surgimento do diabetes tipo 2 entre crianças e adolescentes, já que essa forma da doença era tida como uma quase exclusiva de adultos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o diabetes tipo 2 vem "crescendo em taxas alarmantes" entre os mais jovens como conseqüência da obesidade, do sedentarismo e dos maus hábitos alimentares.
Para o presidente nacional da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Ruy Lyra, a prevalência do diabetes tipo 2em crianças ainda não representa um quadro extremamente comum, mas vêm crescendo de forma expressiva, principalmente entre os que têm forte histórico familiar da doença. "Mas, isso pode ser prevenido com bons hábitos alimentares e atividade física", disse o especialista. Não à toa, os principais objetivos da campanha são conscientizar a população sobre prevenção e ressaltar a importância do diagnóstico precoce, o que ajudaria a reduzir as chances de complicações sérias e, claro, a salvar vidas. Altas taxas de açúcar no sangue por tempo prolongado podem ocasionar cegueira, insuficiência renal, infecções e até infarto.
Há seis anos, a designer de moda Simone Belo soube que a filha Maria Eduarda Lago tinha diabetes. Uma descoberta difícil. Na época, Eduarda tinha só cinco anos. Os pais começaram a perceber que havia algo errado quando notaram algumas mudanças. Ela começou a fazer xixi à noite com freqüência e a beber muita água, sem contar o seu emagrecimento repentino. Alguns meses antes do diagnóstico, uma picada de muriçoca se transformou em uma ferida de difícil cicatrização o que, para a mãe dela, já era um indício da doença. Maria Eduarda tem diabetes tipo 1.
Depois de cerca de dois anos tomando duas injeções de insulina ao dia, Eduarda hoje usa uma "bomba" acoplada ao corpo que libera o hormônio nos momentos necessários. Mas, mesmo com o aparelhinho e com a necessidade de furar os dedos quatro vezes ao dia para medir a glicemia, Eduarda leva uma vida normal. Estuda na 5ª série, faz balé e joga basquete. Na alimentação, há limites, mas não proibições. Hoje, Simone já sabe que, tomadas as medidas necessárias, o diabetes não é um bicho de sete cabeças. "A notícia da descoberta do diabetes do filho é, no início, muito forte. Mas é preciso ter tranqüilidade e saber que ele vai ter uma vida normal, porém com cuidados", disse. Um sinal de esperança. Como a cor azul que iluminará prédios e vidas em todo o mundo.
Fonte: DP
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