Coluna de Geraldo Enfermeiro - avito caso Renan Calheiros

Como integrante de um poder legislativo desse país, e como Presidente da Câmara de Vereadores da Vitória, não poderia deixar de opinar sobre o caso envolvendo o Presidente do Senado Federal, Senador Renan Calheiros.

Em primeiro lugar é bom que se analise a origem das denúncias: partem de uma pessoa com quem o Senador manteve um relacionamento amoroso, extra-conjugal e que com quem teve um filho. Não que ela não tenha idoneidade moral para fazer denuncias, claro que tem, até um marginal preso pode fazê-las, é que a princípio pareceu uma lavagem de roupa suja, ou em uma segunda hipótese uma chantagem financeira que não foi devidamente correspondida pelo Senador Renan.

Sejam quais forem as motivações, o que deve ser investigado é se o Presidente do Senado cometeu alguma irregularidade no repasse de recursos financeiros a sua ex-amante. Na verdade o que se vê é uma tentativa de execração pública do Senador RenanCalheiros, e quanto mais isso demorar pior será.

Bil Cliton, enquanto presidente dos EUA, teve um caso com a estagiaria Mônica Levinsk e o seu maior crime foi o de negar o caso e não o caso em si propriamente. O presidente passou de ser processado por crime de perjúrio e não pela infidelidade, que, apenas a sua mulher, a atual senadora Hillary Clinton, teria o poder de absolvê-lo.

No Brasil tem dessas coisas, se perde o foco mais importante das coisas para se dar maior destaque a questões que dão ‘IBOPE’. No caso de Renan, se não fosse uma questão política, seria simplesmente a analise da documentação onde ele alega a origem do dinheiro, caso seja verdadeira encerra-se o caso, caso contrário se segue o processo não são de afastamento do cargo, como também de cassação do mandato por falta de decoro parlamentar. Mas, o maior absurdo é que ninguém quer aceitar o cargo de relator do caso, nem aliados, nem adversários. E isso vai ficando muito mal para a imagem do Senado junto à população, órgão antes distante dos noticiários de escândalos desse país