No artigo anterior, expus as minhas preocupações em relação a um dos nossos maiores desafios, que é o resgate dos jovens do nosso Município para um futuro mais próspero e digno de uma cidadania na sua plenitude. Um jovem que seja ético, não se envolva com drogas, saudável, respeite os espaços públicos e seja comprometido com a construção de uma Vitória de Santo Antão mais igualitária.
Para enfrentar esses desafios, temos de nos antecipar aos acontecimentos, ser mais proativos, exigir dos poderes constituídos ações mais efetivas para nossos jovens, tais como espaços de lazer e cultura, saúde, saneamento básico, moradia decente, esporte, a fim de se minimizar o impacto que a falta de tudo isso traz para nossa sociedade, ou seja, a violência: nos primeiros sete meses do ano, foram registrados 52 assassinatos em nosso município, conforme o Contador de Homicídios do blog -politicavitoriense.com.
Tais iniciativas passam por um governo que, em certa medida, tenha capacidade instalada de propor um conjunto de ações voltadas para os jovens e comprometidas em reverter esse quadro dramático do nosso município. Essas iniciativas parecem estar longe de acontecer aqui em Vitória de Santo Antão, pois mais uma vez o Presidente LULA esteve aqui em nosso estado para anunciar a liberação de verbas do PAC, para os diversos projetos selecionados de diversas prefeituras do Estado, num total de 1,6 bilhões que irão beneficiar 800 mil famílias. E, apesar de tantos problemas que Vitória de Santo Antão tem, como falta de saneamento, habitação, segurança, a cidade ficou de fora e não conseguiu captar um centavo desse volume de recursos.
São oportunidades como essas que deveríamos aproveitar em prol da nossa terra e, conseqüentemente, do bem-estar das famílias. Municípios com menos problemas que o nosso foram selecionados, uma prova da capacidade de seus líderes.
Junto com toda a sociedade vitoriense, especificamente com a juventude – segmento importante para qualquer sociedade que pensa no seu futuro – vamos construir coletivamente alternativas e apresentar propostas para melhorar a intervenção de poder público.
Paulo Roberto
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