Coluna de Edvaldo Bione - PANdemônio 2007


O brilho do Pan Rio foi quase ofuscado pelo acidente da TAM em congonhas, que enlutou o País.

A participação dos atletas nacionais aproximou-se da perfeição, estivemos presentes em quase em todos os podiuns das mais diversas competições, ganhamos medalhas de ouro, prata ou bronze, em 41 das 44 modalidades.

A estimativa inicial era competirmos com o Canadá pela terceira posição no quadro de medalhas, um projeto de difícil execução, bastante ambicioso. Alguém que não acompanhou os últimos 15 dias do noticiário esportivo ficaria surpreso, ou melhor, não acreditaria que quase dobramos a quantidade de medalhas de ouro em relação ao Pan de Santo Domingo, enfrentamos os cubanos de igual para igual, nos posicionando em segundo na maior parte do tempo. Tropeçamos no vôlei feminino, onde o adversário a ser vencido foi cuba, escorregamos no salto triplo feminino, com cuba em nosso encalço, e mais uma vez perdemos a medalha de ouro, no judô um juiz nos tomou um medalha para Cuba que foi de ouro... Fez falta, muita falta.

Bem... ganhamos 54 medalhas de ouro, quase duzentas em sua totalidade, na abertura a festa foi perfeita, sem erros digna de uma abertura de copa do mundo ou olimpíada, sobrou argentino babando de inveja. Vaiamos Lula, no maracanã lotado, a turma do bolsa escola fez falta na geral.

Tudo aparentemente perfeito, medalhas de ouro, organização, segurança, ambientação da festa de abertura sem erros, estes foram os requisitos atendidos para um Brasil ideal, que por mais que nos esforcemos não consegue esconder o Brasil real, um Brasil que só nos envergonha, e observem, não havia políticos entre os organizadores que calcularam que haveria um investimento de 500 milhões na infra-estrutura, e foram gastos mais de 5 bilhões de reais, ou seja mais de 10 vezes o valor inicial.

Os ingressos, contrariando o que havia sido prometido foram repassados aos cambistas, super faturado o preço raras foram as vezes em que as quadras e os estádios firam sem espaços vazios, fica difícil entender a final do vôlei masculino com a arquibancada “quase completa.”

Nossos ídolos de outros pans foram flagrados incentivando vaias aos atletas de outros países tentando desequilibrá-los nas competições, coisa de malandro, de moleque, convenhamos não é um bom exemplo para o país.

A farra com o dinheiro público, nosso dinheiro, foi tanta que é difícil acreditar que todos os atletas de todas as delegações com seus técnicos e representantes, tiveram além da estadia as passagens aéreas pagas pelo anfitrião. Incluídas neste rol as delegações dos Estados Unidos e Canadá.

Super faturamento, desperdício de dinheiro público... Os organizadores do Pan merecem medalha de ouro... em CORRUPÇÃO.

BIONE

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