Operação Rapina prende quadrilha que movimentou R$ 1 Bilhão

A Polícia Federal deflagrou a Operação Rapina para cumprir 111 mandados de prisão e 122 mandados de busca e apreensão em 16 municípios, sendo dois do Piauí e 14 do Maranhão. A Polícia desmontou um esquema de corrupção, desvio e apropriação de verbas federais. Na operação foram utilizados 503 agentes federais de 15 estados e do Distrito Federal. Segundo dados da Polícia Federal, as quadrilhas movimentaram R$ 1 bilhão, durante dez anos. As bases das operações foram o Departamento de Polícia Federal do Piauí e do Maranhão. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional da 1ª Região, em Brasília. Segundo informações da Polícia Federal, os recursos do Governo Federal oriundos de transferências ou convênios eram desviados durante a execução de projetos e programas, bem como nas licitações e nas prestações de contas. Os agentes federais foram mobilizados em equipes para cumprirem quatro mandados de prisão o Piauí e 20 no Maranhão. Os presos estão respondendo pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, dentre outros. O delegado federal Marcos Roberto Costa informou que a maioria dos presos são do Maranhão. Eles seriam transferidos para o Departamento do Piauí e outros iriam para São Luís. Foram presos temporariamente prefeitos, secretários municipais, tesoureiros, contadores, membros de comissões de licitação e empresários que atuavam no esquema fornecendo material superfaturado ou notas fiscais para facilitar a prestação de contas.

Marcos Roberto explicou que o esquema era operado através de manobras administrativas para favorecer algumas empresas nas licitações e legalizam as prestações de contas emitindo notas fiscais frias para os contadores fecharem as prestações de contas das prefeituras. O Departamento da Polícia Federal do Piauí informou que prefeituras, empresas e escritórios de contabilidade agiam em conjunto para viabilizar as fraudes que desviavam recursos federais. “A estimativa é de que em 10 anos a organização criminosa movimentou R$ 1 bilhão em recursos federais, sendo esse montante em quase sua totalidade desviado com as fraudes”, destaca uma nota oficial da assessoria de comunicação social da Polícia Federal. O esquema quebrado pela PF simulava licitações nas vésperas da prestação de contas dos municípios para o Tribunal de Contas do Estado. “A documentação necessários era preparada em escritórios de contabilidade de São Luís e depois entregues aos municípios para assinaturas. Os secretários atestavam o recebimento de produtos, serviços e medições necessárias para o pagamento. Por fim, os processos de pagamentos eram preparados para que os saques ocorridos inicialmente fossem justificados”, informou a PF.


Reportagem: Alexandre Rogério.

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