Pernambucanos decidem que o 6 de março deve ser a Data Magna do Estado

O resultado da votação popular para a escolha da Data Magna do Estado foi divulgado na tarde desta terça-feira (03/12). Os pernambucanos escolheram o dia 6 de março (Revolução Constitucionalista) como a data que deve representar Pernambuco. A escolha ainda será cvonfirmada na Assembléia Legislativa. Os deputados devem aprovar a Data Magna, que seguirá para a sanção do Governador Eduardo Campos (PSB).
O 6 de março obteve 33,7% dos votos. Em segundo lugar ficou 13 de janeiro (Execução de Frei Caneca), com 21%. A Restauração Pernambucana (27 de janeiro) obteve 18,33%. A Proclamação da República, 10 de novembro, ficou com 14,87%. E a Convenção de Beberibe (5 de outubro, quando o Estado ficou independente de Portugal e teve seu primeiro governador pernambucano - Gervásio Pires) recebeu 12,73% dos votos.
Cerca de 150 mil pessoas participaram da votação nas duas urnas da TV Globo que percorreram municípios da Região Metropolitana do Recife e da Zona da Mata. Os votantes também puderam optar através da Internet, telefone e de ligações para as rádios pernambucanas.
Além da Data Magna, os pernambucanos decidiram que a data deveria ser feriado, com 83% dos votos, mas esta decisão precisará ser tomada pelos deputados, que devem avaliar a Lei Nacional que regulamenta a instituição de feriados.
A deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB), autora da proposta da Data Magna, concordou com a escolha da população. “Esta foi uma revolução muito importante que influenciou o surgimento de outras”, frisou. Ela também destacou a participação das pessoas no interior do Estado, que chegaram a sugerir outras datas, como as datas do nascimento de Luiz Gonzaga, Joaquim Nabuco e Lampião.
DATA através da Revolução Constitucionalista de 1817 (também conhecida como Revolução Pernambucana de 1817 ou Revolução dos Padres), Domingos José Martins, com o apoio de Antônio Carlos de Andrada e Silva e do Frei Caneca, proclamou a República em Pernambuco, primeiro Estado do Brasil a se libertar, mesmo que provisoriamente, de Portugal.
Durante os dias em que estiveram no poder, o grupo aboliu alguns impostos e determinou a liberdade religiosa e de imprensa, elaborando a própria Constituição. Os revoltosos ganharam o apoio de outras províncias, como Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Cerca de dois meses depois do controle do poder, as tropas portuguesas invadiram o Estado e retomaram o governo, prendendo e executando os envolvidos.

Reportagem: Alexandre Rogério.

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