3 de agosto de 2008 - 363 anos da Batalha do Monte das Tabocas

Monte das Tabocas é uma área de aproximadamente 11 hectares, localizada no município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco, onde em 3 de agosto de 1645 foi palco de celebre batalha entre os luso-brasileiros e os holandeses conhecida como Batalha do Monte das Tabocas. Os primeiros, liderados por Antônio Dias Cardoso e João Fernandes Vieira, entrincheirados nas partes altas e protegidos pelos tabocais derrotaram os flamengos.

Cumprindo a promessa feita por Fernandes Vieira, foi inaugurada no dia 3 de agosto de 1945, a Capela de Nossa Senhora de Nazaré, construída com pedras do local.

Em 9 de novembro de 1978, foi assinada uma escritura de desapropriação de parte da área que circunda o espigão principal. Na época da batalha a vegetação era composta por imensos bambuzais, sinônimo de tabocais, daí o seu nome. Outra riqueza no local era o pau-brasil.

Em 11 de março de 1986 o governo estadual homologou o tombamento do sítio histórico.

Não são poucos os obstáculos para quem decide visitar o local. O desafio começa na própria via de acesso a partir do Recife, que dispõe de apenas uma placa de sinalização na BR-232. Uma vez no local, os mais desavisados devem encontrar os imóveis fechados, o que dá ao Monte das Tabocas um aspecto de vilarejo abandonado.
Museu- A dificuldade de saber ao menos um pouco sobre a batalha histórica que iniciou o processo de expulsão dos invasores dos Países Baixos foi piorada após o fim de um pequeno museu. De acordo com moradores, a sala de exposição tinha documentos valiosos que remetiam aos tempos da batalha. O museu foi desativado há cinco anos, quando um antigo colaborador do local faleceu. Todo o material foi transferido para o Recife e para Instituto Histórico e Geográfico da Cidade.
De acordo com o integrante do Instituto Histórico e Geográfico, Jones Pinheiro, as terras do parque estadual foram invadidas por posseiros ao longo dos últimos anos. Em suma, a área que deveria pertencer ao patrimônio público entrou no mapa da disputa fundiária no Estado. "São terras com um grande legado histórico que não poderiam ser comercializadas", atesta Pinheiro, ressaltando que a função da prefeitura local consiste apenas em oferecer apoio e segurança ao patrimônio.
Um relatório produzido pelo Conselho Estadual de Cultura apontou a necessidade imediata de uma restauração completa no parque. O documento, elaborado e assinado pelo renomado artista plástico João Câmara, foi remetido à Fundação do Patrimônio Artístico e Cultural de Pernambuco (Fundarpe). "Aquele monte é um dos patrimônios mais valiosos que nós temos. Além de infra-estrutura, o local precisa de segurança.", aponta Marcos Prado, vice-diretor do Conselho, cuja declaração também expõe uma responsabilidade conjunta entre prefeitura e Governo do Estado. No entanto, a recuperação continua na promessa, apesar da existência de uma placa de obras de restauração fincada pela prefeitura da cidade.

Editoria da Politica Vitoriense

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