Com direito de licença paternidade de cinco dias, garantidos na Constituição Federal, Valdemir de Santana considerou um avanço o projeto de lei da senadora Patrícia Sabóya (PDT-CE), que aumenta o prazo para 15 dias e também beneficia os pais adotivos. A proposta foi aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado na última quinta-feira e ainda vai ser encaminhada à Câmara Federal, onde tramitam mais dois projetos de lei que também tratam do tema e prevêem a ampliação da licença para 30 dias. Só que o projeto de Patrícia não recebeu o aval do Instituto Papai, que lançou a campanha "Dá licença, eu sou pai!" na semana passada.
Segundo o coordenador do Instituto, Jorge Lyra, os pais precisam ter direito de acompanhar o desenvolvimento físico e emocional do filho por "pelo menos um mês". "Esse pelo menos não é uma simples palavra. Dizemos 'pelo menos', porque 30 dias não é o suficiente, mas já é importante", afirmou. Jorge Lyra acrescentou que, ainda esta semana, a campanha "Dá licença, eu sou pai!" deve ganhar força com a divulgação de spots na TV e a participação de quatro atores da Globo.
A campanha tem o objetivo de conscientizar os pais e pressionar os parlamentares a desengavetar o projeto de lei de Maria do Rosário (PT-RS), considerado pelas entidades sociais como o mais avançado em relação à paternidade. A proposta está "esquecida" desde o final do ano passado e precisa ser despachada pela mesa diretora.
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