Um trem da alegria que poderia comportar até 388 passageiros para o Senado foi desfeito ontem. Em uma nota de seis linhas, o presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), informou que, após consultar integrantes da Mesa Diretora, resolveu arquivar a proposta de criação de novos cargos comissionados. “Os senadores ouvidos foram unânimes em opinar pelo não envio da proposição para análise do plenário”, disse Garibaldi. Com isso, pôs fim à tentativa de seus colegas da Mesa de engordar a folha de pagamento com cargos de confiança em mais R$ 12 milhões ao ano, em pleno período eleitoral.
Inventado na semana passada, o trem permitiria a criação de 97 cargos de técnicos legislativos, com salário de R$ 9,97 mil. Como pode ser dividido por quatro contratações de confiança, ficou a suspeita de que seriam utilizados nos Estados para acomodar indicados por influência política, que nem mesmo precisariam ir a Brasília para ter direito à remuneração.
O curioso é que, apesar do valor do trem - a folha do pessoal ativo do Senado é de quase R$ 1,5 bilhão - nenhum dos senadores assumiu a paternidade pelas contratações. O primeiro-secretário, Efraim Morais (DEM-PB), é apontado como sendo o autor da idéia, mas ele não tem comparecido ao Senado nem atendido ao telefone para confirmar ou negar a informação.
A “bondade” com dinheiro público no Senado não é de hoje Há alguns anos, por exemplo, vigora na Casa, em desrespeito ao Regimento interno, a prática de proporcionar estrutura de líderes, com mais assessores e espaço físico, a senadores únicos de partidos. É o caso de Inácio Arruda (PCdoB-CE), Renato Casagrande (PSB-ES), Marcelo Crivella (PRB-RJ) e José Nery (PSOL-PA). Pelo Regimento, só deveriam ser chamados e líderes e receber tratamento como tal, os partidos que tiverem, pelo menos, três senadores.
Reportagem: Alexandre Rogério
Inventado na semana passada, o trem permitiria a criação de 97 cargos de técnicos legislativos, com salário de R$ 9,97 mil. Como pode ser dividido por quatro contratações de confiança, ficou a suspeita de que seriam utilizados nos Estados para acomodar indicados por influência política, que nem mesmo precisariam ir a Brasília para ter direito à remuneração.
O curioso é que, apesar do valor do trem - a folha do pessoal ativo do Senado é de quase R$ 1,5 bilhão - nenhum dos senadores assumiu a paternidade pelas contratações. O primeiro-secretário, Efraim Morais (DEM-PB), é apontado como sendo o autor da idéia, mas ele não tem comparecido ao Senado nem atendido ao telefone para confirmar ou negar a informação.
A “bondade” com dinheiro público no Senado não é de hoje Há alguns anos, por exemplo, vigora na Casa, em desrespeito ao Regimento interno, a prática de proporcionar estrutura de líderes, com mais assessores e espaço físico, a senadores únicos de partidos. É o caso de Inácio Arruda (PCdoB-CE), Renato Casagrande (PSB-ES), Marcelo Crivella (PRB-RJ) e José Nery (PSOL-PA). Pelo Regimento, só deveriam ser chamados e líderes e receber tratamento como tal, os partidos que tiverem, pelo menos, três senadores.
Reportagem: Alexandre Rogério
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