Analfabetismo atinge menor taxa em 15 anos, mas ainda é alto no Nordeste

A taxa de analfabetismo no Brasil (10%) caiu em 2007 e atingiu o menor índice em 15 anos. Em termos absolutos, no entanto, representa 14,1 milhões de pessoas ou um em cada dez brasileiros com 15 anos ou mais. Em 1992, 32,7% da população não sabiam ler e escrever um bilhete.
As informações constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostrou também queda do percentual em todas as regiões do país.
O analfabetismo, contudo, continua mostrando disparidades. Na Região Nordeste, por exemplo, apesar de a taxa ser de 19,9% - a menor em 15 anos - é quase o dobro da média nacional e quase o quádruplo do apurado no Sul (5,4%), a menor marca do país.
A maioria das pessoas que não sabe ler nem escrever tem 25 anos de idade ou mais (12,5%) e a minoria, entre 15 e 17 anos. A maior parte é de homens - um a cada dez - e entre as mulheres, a taxa é de 9,8% , metade do índice registrado há 15 anos.
Em termos regionais, a diferença entre os sexos também persiste. A maior disparidade foi verificada no Nordeste, onde a taxa é de 21,7% entre os homens e 18,3% entre as mulheres. No Norte e no Centro-Oeste a proporção de homens analfabetos também é maior que a de mulheres, o que não ocorre nas Regiões Sul e Sudeste.
Ainda de acordo com a Pnad, em 2007 a Região Nordeste também liderou o ranking dos analfabetos funcionais - pessoas com quatro anos ou menos de estudo com dificuldades para se aperfeiçoar. Na região estavam 33,5% dessas pessoas, contra 15,9% no Sudeste. No total, 21,6% dos brasileiros com mais de 15 anos se enquadram nessa categoria.

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