Mesmo com 4 candidatos assassinados, TRE descarta pedir força federal

Desde o início da campanha para as eleições municipais, um candidato a prefeito e três a vereador foram assassinados no estado de Pernambuco. Apesar disso, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ainda reluta em requisitar forças federais de segurança e mantém um voto de confiança nas autoridades policiais do estado.

O presidente do TRE-PE, desembargador Jovaldo Nunes, reuniu-se hoje (22) com o comando da Polícia Militar e manteve, por enquanto, a decisão de não solicitar auxílio.

“Perguntei a eles se tinham condição de manter a ordem no estado e a resposta foi positiva. Eles não vislumbram a necessidade [de atuação das forças federais]”, disse Nunes, em entrevista à Agência Brasil. “Mas não está descartada uma possível requisição”, ressalvou.

O primeiro dos candidatos assassinados no estado foi o candidato a prefeito de Itaquitinga, na zona da mata, o médico Sérgio Ricardo de Souza (PSB). Também foram mortos o vereador de Terezinha - município do agreste pernambucano -, Lourinaldo Felix Vieira (PTB), candidato à reeleição, que presidia um sindicato de trabalhadores rurais, e o candidato a vereador de Cabrobó, no sertão, o índio Mozenir Araújo de Sá (PT).

A última vítima, assassinada com um tiro na nuca, na noite do último sábado (20), foi o candidato a vereador de Saloá, no agreste, Fernando Galdino (PR). Segundo informações da Agência Estado, o candidato seguia de moto para um comitê do partido, acompanhado do filho de 17 anos, quando foi abordado por dois motoqueiros que o mataram, mas nada fizeram ao adolescente.

Segundo o presidente do TRE, não se pode atribuir razões políticas a todos os assassinatos. “Pelo menos dois desses crimes não têm nada a ver com questões políticas”, minimizou.

Jovaldo Nunes também ressaltou que os locais onde tradicionalmente ocorre maior incidência de crimes de cunho político são cidades pequenas do sertão, como Águas Belas, Manari e Cabrobó. Para estas cidades, o presidente do TRE informou já ter solicitado uma atenção especial por parte das polícias Civil e Militar.

Fonte Agência Brasil

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