
Quase metade do país, mais especificamente a Região Norte e os estados do Mato Grosso e Maranhão, foi considerada área de alto risco de transmissão pela OMS. No período analisado, foram estimadas cerca de 1 mil mortes por malária. Desse total, 280 eram crianças com menos de cinco anos.
O Ministério da Saúde condenou o relatório da OMS. Em documento enviado à direção da organização, em Genebra, o ministro José Gomes Temporão afirmou que não reconhece os dados como verdadeiros e disse que a metodologia utilizada não se aplica ao Brasil, onde a doença está em declínio desde 2006.
De acordo com o relatório, em 2006, cerca de 247 milhões de pessoas tinham a doença em todo o mundo e mais de 880 mil morreram com malária – cerca de 91% na África e 85% entre menores de cinco anos.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a malária é a principal causa de morte em crianças menores de 5 anos. O informe da OMS também destacou que os pequenos são mais vulneráveis à doença.
De 2004 a 2006, os números da malária cresceram de forma significativa em âmbito global, apesar dos bons resultados conseguidos em alguns países, principalmente na África, região com o maior volume de recursos, em torno de US$ 688 milhões, destinados ao controle da doença.
Entre os países africanos, Eritréia, Ruanda e São Tomé e Príncipe conseguiram reduzir o número de mortes por malária em pelo menos 50% entre 2000 e 2006/2007. Camboja, República Popular Democrática de Lao, Filipinas, Suriname, Tailândia e Vietnã também conseguiram reduzir as mortes pela doença.
Reportagem: Alexandre Rogerio
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