Secretaria de Saúde lança campanha de combate à dengue para este inverno

Com a chegada do inverno, a proliferação do mosquito da dengue volta a ser uma preocupação constante dos pernambucanos. A grande quantidade de chuvas nesta época do ano aumenta o número de focos do mosquito.
No Estado já foram notificados, até a última terça-feira (10), 587 casos de dengue clássica e nenhum de dengue hemorrágica. Não houve óbitos. Os dados representam redução de 79,12% em relação às notificações realizadas do mesmo período do ano passado (2.812).
Para evitar que a situação se agrave, foi lançada nesta quarta-feira (11) a Campanha de Combate à Dengue de 2009, da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Serão distribuídas 400 mil cartilhas, 300 mil panfletos e 150 mil cartazes para conscientizar a população dos perigos de deixar água parada e a importância de procurar assistência adequada para os pacientes.
Com o tema “Seja um Mosqueteiro: Um por todos e todos contra a dengue”, a ação visa atingir os cidadãos comuns e deve mobilizar diversos setores da SES e as demais secretarias do Estado e municipais.
Todos os prefeitos, secretários municipais de saúde, diretores de hospitais, gerentes regionais de saúde, secretários estaduais já receberam material informativo sobre a campanha, durante o período de preparação para o seu lançamento.
A Campanha é parte integrante do Plano de Contingência da Dengue, que prevê ações em torno de quatro componentes centrais: mobilização social, controle vetorial, vigilância da doença e assistência ao paciente.

MOBILIZAÇÃO SOCIAL
A partir desta quarta, a população vai ser convocada, através de spots nas rádios, a combater a dengue. Ao todo, foram produzidos 300 mil panfletos, 150 mil cartazes e 400 mil cartilhas para crianças, além de 170 mil encartes a serem distribuídos em periódicos.
Outras secretarias, como Educação, Desenvolvimento Social e Diretos Humanos, Defesa Social e Articulação Social, trabalham com a SES para prevenir e controlar a doença. Haverá concurso de redação com a temática para alunos do Ensino Fundamental II e do Médio e debates com lideranças comunitárias.

CONTROLE VETORIAL
Para melhorar monitorar os tipos de vírus circulantes, serão instaladas duas unidades sentinelas em cada município da Região Metropolitana do Recife e nos municípios com mais de 100 mil habitantes. Hoje, Pernambuco conta com 16 unidades sentinelas.
A antiga Unidade de Resposta Rápida (URR) ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), que concentrará as notificações sobre casos de febre hemorrágica e investigação de óbitos realizada pelos municípios e Núcleos de Epidemiologia dos hospitais, foi incorporada pela Secretaria de Saúde. Casos graves serão notificados no mesmo dia.

VIGILÂNCIA DA DOENÇA
O Laboratório Central de Pernambuco (Lacen) entra no programa, priorizando a realização dos exames em gestantes, crianças e casos suspeitos de febre hemorrágica e óbitos. E a força-tarefa do Estado vai visitar os municípios com maior infestação.
Cerca de 300 profissionais estarão disponíveis para realizar a eliminação dos focos e uso de bombas costais. Serão adquiridos mais 20 atomizadores, que se somarão aos 38 comprados no ano passado, 400 bombas costais e 600 máscaras para os operadores. No total, os investimentos com os equipamentos estão em torno de R$ 366 mil.
O Estado também está adquirindo 21 aspiradores de alados, que serão utilizados nas unidades de saúde do Estado e municípios. O objetivo é impedir que a doença se alastre entre pessoas debilitadas, como os pacientes internados nos hospitais, já que, com a imunidade baixa, cresce o risco de agravamento da doença.
Além dos equipamentos, até o final deste mês, serão realizadas capacitações com 200 soldados do 4ª Batalhão de Comunicação (4º BCom) de Tejipió. Eles também estarão disponíveis para municípios carentes de equipes de vigilância ambiental.

ASSISTÊNCIA AO PACIENTE
Ao surgimento dos primeiros sintomas, o paciente deverá ser atendido nas unidades de atenção básica dos municípios, que terão a responsabilidade de acompanhar o paciente e observar a evolução da doença. Para realizar esse acompanhamento, os municípios receberão da SES um cartão de acompanhamento, que começará a ser preenchido ainda no Posto de Saúde da Família (PSF).
Nele haverá informações sobre o quadro clínico do paciente, desde o primeiro atendimento no PSF. Se a doença se agravar, os profissionais de saúde terão condições de avaliar o melhor tratamento para o paciente, a partir do seu histórico clínico.
Além do acompanhamento básico, o Estado pretende capacitar os profissionais de saúde para que possam identificar os sintomas da dengue. Para facilitar o diagnóstico clínico, estão sendo produzidos 2,5 mil cartazes contendo o Protocolo de Atendimento da Dengue, que auxilia o profissional de saúde como agir em cada etapa da doença.

Fonte: pe360graus