O governo mostrou mais preocupação com a crise na reunião desta tarde com governadores do Nordeste, mais Minas Gerais e Espírito Santo, no Palácio do Campo das Princesas. Se antes, só se falava em marola, nesta terça (2), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, falou em cautela: “o Brasil tem condições de enfrentar a crise e a aproveitar as oportunidades desta nova situação para sair mais forte".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou o discurso de Rousseff, garantindo que a crise vai chegar muito mais frágil aqui que nos países de primeiro mundo, mas que ainda assim vai diminuir as exportações do Brasil. “A situação é mais confortável para nós do que para a China, onde as exportações respondem por 40% do PIB. No Brasil, apenas 13% d PIB depende da exportação”, informou.
A ministra-chefe reforçou que o impacto da crise é menor nos países emergentes onde deve haver desaceleração sem recessão. “Entre os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil ainda é o que sofrerá o menor Impacto”, previu. “Até setembro, a lucratividade do País era normal”, exemplificou.
Rousseff disse que o Basil está mais preparado porque rompeu o ciclo vicioso de crises anteriores: “antes o País recorria ao FMI e tinha fragilidade nas contas externas, que aumentava a fragilidade da balança de pagamentos e fazia o Brasil quebrar e o governo perdia capacidade de ação”.
Ainda no discurso desta tarde, o Governo Federal tentou melhorar a imagem da Petrobras, depois de vir a público que a empresa teria pedido um empréstimo à Caixa Econômica Federal (CEF). “É tolice achar que a Petrobras tem problemas financeiros”, respondeu Dilma à oposição. “Com o Pré-sal significa que estaremos entre os países exportadores de petróleo, de boa qualidade, e teremos uma grande riqueza em nossas mãos se continuamos investir nesta atividade”, concluiu.
Fonte: DP
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