ADVISA representa nosso município na II Conferência Nacional

A ADVISA – Associação dos Deficientes da Vitória de Santo Antão – PE, esteve presente com seu Presidente, Josias Eduardo (Bola) e seu Tesoureiro Severino Matos (Raminho Fotógrafo) na II Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, realizada em Brasília de 01 a 04 de dezembro do corrente ano.

O Josias Eduardo nos falou, tirando o vôo de ida para Brasília, onde os acompanhantes embarcaram em um horário e os deficientes que precisam deles em outro, e os banheiros dos Hotéis credenciados sem acessibilidade, a II Conferência teve uma organização satisfatória, tanto no translado do Hotel ao Centro de Evento Brasil 21 pela manhã e a volta há noite, com todos os transportes acessíveis. O Centro de Evento, onde foi realizada a Conferência, todos os participantes também faziam todas as refeições, menos o café da manhã.

Como mostra no slide acima, o Presidente Bola conseguiu entregar documentos enviado pela ADVISA a alguns Ministros e conversou com o Presidente da CONADE, Alexandre Barone, sobre a CONEDE do nosso Estado que se encontra extinta. E o que mais deixou Bola absmado e ao mesmo tempo triste, foi saber que em Brasília possui atualmente mais de 280 ônibus circulando, adapitados aos cadeirantes, enquanto Recife não chega a vinte. Porque essa diferença toda, se Brasília não tem um numero populacional de deficientes maior que Pernambuco? Achamos que as empresas de ônibus do nosso Estado não tem interesse, é porque o Governo Estadual não faz nenhum incentivo fiscal que os motive e os torne interessados.


O texto que apresentamos abaixo resume o intuito da II Conferência Nacional, leia:

Em defesa da igualdade

A construção de um mundo justo e igualitário depende de um esforço amplo. A soma de iniciativas isoladas contribui para a formação da consciência coletiva sobre a importância da acessibilidade em nível profundo. O desafio é encarar a dificuldade do outro como um problema de todos. Só com essa postura poderemos garantir uma vida digna para as pessoas com deficiência. Como senador, propus a criação de uma lei para facilitar a identificação das cédulas de dinheiro pelos cegos. Aqueles que têm a visão perfeita não imaginam as dificuldades e o constrangimento pelo qual eles têm de passar diariamente. Têm de pedir ajuda para pagarem as contas e receberem o troco certo.Vivem na dependência da boa vontade de pessoas de confiança, que se disponham a acompanhá-los durante uma transação comercial.

O projeto de lei apresentada em 2003 busca acabar com essa barreira. É uma forma de garantir a inclusão social. O texto tramita na Comissão de

Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal. As leis, no entanto, não têm força suficiente para mudar toda uma cultura.

É preciso ampliar o debate e, mais, tomar atitude. Nesse sentido, tive imensa satisfação em participar da abertura da II Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em Brasília. Um evento com mais de 600 pessoas. É oportunidade ideal para discutirmos como podemos avançar numa área tão sensível que atinge diretamente milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Estudo divulgado em 2006, por ocasião da Campanha da Fraternidade, que tinha como tema a inclusão social dos portadores de necessidades especiais revelou que 500 milhões de pessoas sofriam de algum tipo de deficiência no mundo.

Quando levamos em consideração alguma relação afetiva com os deficientes, o número quadruplica. Um contingente expressivo, que revela a importância do tema. Brasília sai na frente e promove uma série de mudanças com vistas na inclusão social. Atualmente 282 ônibus do DF estão adaptados aos cadeirantes.

Todas as obras promovidas recentemente levam em consideração a acessibilidade dos deficientes, entre elas figuram os projetos urbanísticos do Itapoã, Estrutural, Pôr-do-sol e Noroeste. Ao todo o governo já construiu mais de 120 quilômetros de calçadas com dois metros, rebaixadas com rampa e pisos adequados.

Mais de 2,3 mil diretores, executores e fiscais receberam treinamento para monitorarem se os projetos estão sendo cumpridos. Trabalhamos ainda na adequação e padronização das paradas de ônibus e estacionamentos públicos.

Não por acaso Brasília foi escolhida, pela segunda vez consecutiva ,para sediar a Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Ainda temos muito a avançar, mas já demos os primeiros passos. Aguardamos as resoluções da conferência para descobrirmos quais os caminhos adequados a tomarmos.


Texto de Paulo Octávio

Vice-governador de Brasília e

secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo


Reportagem: Alexandre Rogério

Foto: Raminho Fotógrafo

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