Mais de 90% dos municípios enfrentam problemas na área ambiental

O estudo mostra que as queimadas foram citadas por 54,2% dos gestores municipais. O desmatamento, por 53,5%. E os assoreamentos, por 53%. O instituto lembra que o assoreamento tem como causas o desnudamento dos solos, ocasionados, em geral, por queimadas e desmatamento.

As queimadas foram mais citadas nas regiões Norte (74,2% dos municípios) e Centro-Oeste (62,4%). O desmatamento também foi apontado de forma expressiva no Norte (71% dos municípios) e no Nordeste (64,8%). Já o assoreamento de algum corpo d’água foi predominante entre os municípios do Centro-Oeste (63,3%) e Sudeste (60,2%).

A poluição da água é predominante nos municípios das regiões mais urbanizadas e economicamente mais desenvolvidas: Sudeste (43,6% dos municípios) e Sul (43,2%). Já a escassez de água foi mais apontada pelos municípios do Sul (53,5%) e do Nordeste (52,3%).

Poucas prefeituras têm recursos próprios para meio ambiente

O instituto revela, no entanto, que apenas pouco mais de um terço (37,4%) dos municípios dispõe de recursos financeiros específicos para viabilizar ações na área ambiental. Esse percentual gira em torno de 50% nas regiões Centro-Oeste (57,3%), Norte (54,1%) e Sul (49,1%), enquanto Sudeste (37,2%) e Nordeste (20,4%) estão abaixo da média nacional. Além disso, menos de uma em cada 5 prefeituras tem estrutura adequada para lidar com esse tipo de problema.

Um terço dos municípios do país tem favelas

Segundo a pesquisa, cerca de 33% dos 5.564 municípios brasileiros declarou presença de favelas, mocambos, palafitas ou assemelhados dentro de seu território. As regiões Norte e Sul (41,0%) apresentam as proporções mais elevadas de ocorrência de favelas, seguidas pelo Nordeste (32,7%), Sudeste (29,7%) e Centro-Oeste (19,5%).

O instituto confirma que a incidência de favelas é maior nos municípios mais populosos. De acordo com a pesquisa, o percentual de municípios que relataram existência de favelas salta de 27,7%, naqueles com até 50 mil habitantes, para 70,8% dos 319 que têm entre 50 mil e 100 mil habitantes, chegando a 84,7% dos 229 municípios com entre 100 e 500 mil habitantes.

Dos 37 municípios com população acima de 500 mil habitantes, só Cuiabá informou a inexistência de favelas.

Cresce número de municípios com serviço de metrô e mototáxi

Na área de transportes, a pesquisa mostra que, no período de 2005 a 2008, foi resgistrado um crescimento no percentual de municípios que possuem transporte por barco (de 9% para 10,5%), metrô (de 0,2% para 0,3%), mototáxi (de 47,1% para 52,7%), táxi (de 76,7% pra 81,5%) e van (52,3% para 59,9%). Já o transporte coletivo por trem caiu de 1,9% para 1,5% dos municípios. Com maior relevância na Região Norte, o transporte fluvial está presente em 48,6% dos municípios.

No caso do metrô, esse serviço de transporte está presente em 15 municípios (todos com mais de 50 mil habitantes), sendo o maior percentual naqueles com mais de 500 mil habitantes (29,7%).

Já o serviço de mototáxi é predominante nos municípios com mais de 50 mil a 100 mil habitantes (69%). Nas cidades com 20 mil a 50 mil habitantes, essa proporção é de 64,3%. Na Região Norte, 75,9% dos municípios contam com esse serviço, e a maior proporção chega a 88,2%, no Nordeste. Esse serviço é, em sua maioria, informal, mas 34,5% dos municípios declararam fazer o gerenciamento.

Pessoal ocupado na administração municipal cresce em ritmo menor

A pesquisa mostra ainda que, em 2008, o número total de pessoas ocupadas na administração municipal direta e indireta (empresas e fundações) cresceu 2,1% em relação a 2006, totalizando 5.182.604 pessoas. O aumento foi inferior ao apresentado nos períodos 2004/2005 (5,4%) e 2005/2006 (6,5%).

Segundo o IBGE, o total de pessoas ocupadas na administração municipal correspondia a 2,7% da população brasileira e 5,2% da população economicamente ativa (PEA).

Da Agência O Globo

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