Autoridades de segurança pública de estados e municípios do Nordeste definiram esta semana uma agenda conjunta de reuniões para 2009 a fim de enfrentar com mais eficiência os problemas da região nesta área.
A estratégia foi definida no Encontro da Região Nordeste dos Gabinetes de Gestão Integrada de Segurança (GGIS) encerrado na noite de ontem (16) em Recife (PE). A discussão foi promovida pelo Ministério da Justiça (MJ) para integrar a atuação de estados e municípios na área de segurança, como prevê o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).
Segundo Wilkerson Felizardo, coordenador do encontro, a presença de representantes dos gabinetes dos estados e dos 10 municípios de Pernambuco, Ceará, Alagoas e Bahia que criaram neste semestre seus GGIS permitiu estabelecer um diálogo que até então não existia.
“Com o advento dos gabinetes de gestão municipal, com atuação dos seus atores sociais locais, ficou faltando uma agenda de interlocução entre esses gabinetes com os dos estados. O evento criou esse canal de diálogo com agendas para tratar da segurança pública entre municípios e estados bem como alguns encaminhamentos em termos de participação da sociedade civil nessas demandas”, afirmou.
Para exemplificar a importância de uma ação integrada, Felizardo apontou o problema do tráfico de pessoas que ultrapassa fronteiras geográficas e só pode ser combatido com eficácia por meio de estratégias de rede.
Ele explicou que os gabinetes de gestão nos estados vem sendo criados desde 2003, mas no âmbito dos municípios são uma iniciativa recente que vem sendo estimulada pelo governo federal desde junho deste ano, inclusive com apoio financeiro. Cada município pode receber até R$ 952 mil para implantar os gabinetes e as ações de prevenção à violência como a melhoria na iluminação pública e instalação de sistemas de monitoramento por câmeras de vídeo em pontos de criminalidade.
O incentivo segue a dinâmica do Pronasci e inclui os municípios na questão da segurança, antes praticamente restrita aos governos estaduais, atribuindo ao poder local o papel de prevenção da violência.
De acordo com Eunice Rossi, assessora especial do MJ, que acompanhou o encontro em Recife, os participantes do Nordeste trouxeram como preocupação principal o jovem, seguindo o quadro nacional.
“A questão da juventude tem a ver com o contexto cultural de uma época em que os jovens estão mais fragilizados. Em todos os lugares há um índice de criminalidade relacionado a eles, tanto no papel de atores como de vítimas da violência”, destacou.
Além da vulnerabilidade dos jovens, Eunice apontou como situações que merecem atenção nos estados do Nordeste a agressão à mulher e o crime de mando que, segundo ela, estão relacionados a uma sociedade conservadora e machista e ao coronelismo, respectivamente.
Como exemplo do sucesso dos gabinetes nos municípios, Eunice citou o trabalho realizado em Diadema (SP) onde o alto índice de agressão entre os jovens foi revertido com a limitação da venda de bebidas alcoólicas nas noites de fim de semana e da criação de espaços de lazer.
“Os jovens não tinham onde ir e ficavam nos bares bebendo até tarde e a bebida traz a agressão. Eles identificaram o problema, colocaram um horário de proibição para a venda de bebidas e passaram a promover atividades culturais e recreativas onde os jovens passaram a gastar suas energias, com mais felicidade inclusive”, relatou.
Um encontro semelhante ao realizado no Nordeste acontece na próxima semana em Brasília com representantes de gabinetes de estados e municípios das regiões Norte e Centro-Oeste. Representantes de Gabinetes de Gestão Integrada de Segurança do Sul e do Sudeste foram reunidos na semana passa pelo Ministério da Justiça em São Paulo.
Integram esses núcleos órgãos públicos e entidades da sociedade civil ligados não só a segurança, mas a áreas como educação, saúde, trabalho, cultura e esporte.
Fonte: Agência Brasil
A estratégia foi definida no Encontro da Região Nordeste dos Gabinetes de Gestão Integrada de Segurança (GGIS) encerrado na noite de ontem (16) em Recife (PE). A discussão foi promovida pelo Ministério da Justiça (MJ) para integrar a atuação de estados e municípios na área de segurança, como prevê o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).
Segundo Wilkerson Felizardo, coordenador do encontro, a presença de representantes dos gabinetes dos estados e dos 10 municípios de Pernambuco, Ceará, Alagoas e Bahia que criaram neste semestre seus GGIS permitiu estabelecer um diálogo que até então não existia.
“Com o advento dos gabinetes de gestão municipal, com atuação dos seus atores sociais locais, ficou faltando uma agenda de interlocução entre esses gabinetes com os dos estados. O evento criou esse canal de diálogo com agendas para tratar da segurança pública entre municípios e estados bem como alguns encaminhamentos em termos de participação da sociedade civil nessas demandas”, afirmou.
Para exemplificar a importância de uma ação integrada, Felizardo apontou o problema do tráfico de pessoas que ultrapassa fronteiras geográficas e só pode ser combatido com eficácia por meio de estratégias de rede.
Ele explicou que os gabinetes de gestão nos estados vem sendo criados desde 2003, mas no âmbito dos municípios são uma iniciativa recente que vem sendo estimulada pelo governo federal desde junho deste ano, inclusive com apoio financeiro. Cada município pode receber até R$ 952 mil para implantar os gabinetes e as ações de prevenção à violência como a melhoria na iluminação pública e instalação de sistemas de monitoramento por câmeras de vídeo em pontos de criminalidade.
O incentivo segue a dinâmica do Pronasci e inclui os municípios na questão da segurança, antes praticamente restrita aos governos estaduais, atribuindo ao poder local o papel de prevenção da violência.
De acordo com Eunice Rossi, assessora especial do MJ, que acompanhou o encontro em Recife, os participantes do Nordeste trouxeram como preocupação principal o jovem, seguindo o quadro nacional.
“A questão da juventude tem a ver com o contexto cultural de uma época em que os jovens estão mais fragilizados. Em todos os lugares há um índice de criminalidade relacionado a eles, tanto no papel de atores como de vítimas da violência”, destacou.
Além da vulnerabilidade dos jovens, Eunice apontou como situações que merecem atenção nos estados do Nordeste a agressão à mulher e o crime de mando que, segundo ela, estão relacionados a uma sociedade conservadora e machista e ao coronelismo, respectivamente.
Como exemplo do sucesso dos gabinetes nos municípios, Eunice citou o trabalho realizado em Diadema (SP) onde o alto índice de agressão entre os jovens foi revertido com a limitação da venda de bebidas alcoólicas nas noites de fim de semana e da criação de espaços de lazer.
“Os jovens não tinham onde ir e ficavam nos bares bebendo até tarde e a bebida traz a agressão. Eles identificaram o problema, colocaram um horário de proibição para a venda de bebidas e passaram a promover atividades culturais e recreativas onde os jovens passaram a gastar suas energias, com mais felicidade inclusive”, relatou.
Um encontro semelhante ao realizado no Nordeste acontece na próxima semana em Brasília com representantes de gabinetes de estados e municípios das regiões Norte e Centro-Oeste. Representantes de Gabinetes de Gestão Integrada de Segurança do Sul e do Sudeste foram reunidos na semana passa pelo Ministério da Justiça em São Paulo.
Integram esses núcleos órgãos públicos e entidades da sociedade civil ligados não só a segurança, mas a áreas como educação, saúde, trabalho, cultura e esporte.
Fonte: Agência Brasil
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